Jato chinês C919 da COMAC supera a marca de 1.000 pedidos

Concorrente dos tradicionais Airbus A320 e Boeing 737, o jato chinês C919 soma 1.061 pedidos – e duas unidades entregues
O primeiro voo do C919 ocorreu em 5 de maio de 2017 (Xinhua)

Avião comercial que desafia a hegemonia da dupla Airbus A320 e Boeing 737, o jato chinês C919 da fabricante estatal COMAC ultrapassou recentemente a marca de 1.000 pedidos.

O dado foi revelado por He Dongfeng, presidente do conselho de diretores da COMAC, durante o 16º Fórum de Inovação de Pujiang, realizado na China, no domingo (11). Segundo o executivo da fabricante chinesa, o C919 tem exatos 1.061 exemplares encomendados. Desse total, duas unidades foram entregues à companhia China Eastern Airlines.

Outro produto da COMAC, o jato regional ARJ21-700 também atingiu um número expressivo de pedidos: são 775 aviões do tipo sob encomenda e 117 modelos entregues, segundo Dongfeng. Essas aeronaves estão em serviço com empresas aéreas chinesas e a Transnusa, da Indonésia.

Siga o AIRWAY nas redes: Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter

O ARJ21-700 é baseado no antigo McDonnell Douglas DC-9 (Reprodução)

Avião Made in China

Lançado em 2008, o C919 é o mais ambicioso avião de passageiros desenvolvido na China. Após um longo e tortuoso período de desenvolvimento e testes, a aeronave obteve o Certificado de Tipo da CAAC, autoridade de aviação civil chinesa, em 2022.

No mercado para competir com a dupla Airbus A320 e Boeing 737, o COMAC C919 é um avião construído essencialmente para abastecer a demanda do mercado chinês. Exportações do jato devem acontecer em alguns anos, para companhias do Oriente e de países aliados politicamente com a China – como oportunidades na África, Oriente Médio, Rússia e quem sabe até na América do Sul.

C919 com a pintura da China Eastern Airlines, o operador de lançamento do avião da COMAC (CEA)

A introdução em grande escala do C919 é algo que também deve levar algum tempo para acontecer, bem como a certificação do avião em outros países. A aeronave usa componentes fundamentais importados de fornecedores do Ocidente, como os motores e sistemas aviônicos. O envio regular desses itens, porém, depende do sabor do ventos geopolíticos.

Mais do que um produto, o C919 é uma conquista valiosa para a China e balança as estruturas do mercado aeroespacial global. Se for minimamente bem sucedido no mercado de aviação chinês, os pedidos de A320 e 737 no país podem diminuir.

Total
0
Shares
1 comments

Comments are closed.

Previous Post

Com presença de Biden, Vietnam Airlines encomenda 50 Boeing 737 MAX 8

Next Post

Argentina comprou quatro aeronaves P-3 Orion da Noruega, diz site

Related Posts
Total
0
Share