LATAM escala Boeing 787-9 na rota entre São Paulo e Lisboa

Aeronave de última geração ocupará o posto dos antigos Boeing 767-300ER no trecho para Portugal a partir junho
A LATAM é a primeira companhia aérea do Brasil a voar com o moderno Boeing 787 Dreamliner (Thiago Vinholes)

A LATAM Brasil confirmou nesta terça-feira (5) que passará a voar com o Boeing 787-9 Dreamliner no trecho entre São Paulo/Guarulhos e Lisboa a partir do dia 2 de junho. O jato de última geração entrará no lugar dos antigos Boeing 767-300ER que operam a rota com destino em Portugal.

O voo São Paulo-Lisboa é operado seis vezes por semana pela divisão brasileira da LATAM. A mudança de aparelho no trecho também amplia a oferta de assentos da companhia no trecho em 42%, saltando de 211 passageiros do 767-300ER para até 300 ocupantes no 787-9.

“Colocamos o melhor avião da nossa frota widebody para operar uma rota que é fundamental para a LATAM e para os nossos clientes. Hoje, o 787 é a escolha mais eficiente para esse voo transatlântico e a aeronave mais bem avaliada por nossos passageiros”, destaca Jerome Cadier, CEO da LATAM Brasil.

A companhia iniciou as operações com o Dreamliner em dezembro do ano passado, começando com a rota de São Paulo para Madri. Futuramente, de acordo com a empresa, a aeronave também deve ser utilizada em voos da LATAM com partidas do Aeroporto Internacional de Guarulhos para Roma, Orlando e Joanesburgo.

Além da maior capacidade de passageiros em relação ao 767, o uso do 787 permite a LATAM reduzir o consumo de combustível e o nível de emissões de CO2 em torno de 25%. Outra vantagem da aeronave de última geração da Boeing é a diminuição de 50% no padrão de ruídos sonoros.

O 787-9 da LATAM é configurado para embarcar 300 passageiros, 42% a mais que a capacidade do 767-300ER (Thiago Vinholes)

A LATAM é a primeira empresa aérea do Brasil a incorporar o 787 Dreamliner na frota. Ao todo, a companhia vai receber quatro exemplares da aeronave de segunda mão, todas elas provenientes da divisão do Grupo Latam no Chile. Os 787-9 da Latam Brasil são configurados com 30 poltronas na classe executiva, 57 da premium economy e 213 na classe econômica.

Cabine mais confortável

Um dos maiores transtornos para os passageiros em viagens de longa duração em aviões é ter de lidar com o ar seco na cabine. No Boeing 787, isso não é mais um problema – outro avião com essa características é o Airbus A350.

Diferentemente de aviões mais antigos, construídos inteiramente de metal e passível de corrosão, o 787 é montado usando uma grande quantidade de fibra de carbono, material que não enferruja. Por isso, o ar na cabine do 787 pode ser mais úmido, o que torna a voo mais confortável para os passageiros.

A cabine de aviões comerciais de gerações anteriores suportam um ar ambiente com no máximo 4% de umidade. No 787, essa proporção salta para cerca de 15%. Outra vantagem da construção em fibra de carbono é a possibilidade de injetar mais ar na cabine pressurizada, o que também melhora o conforto a bordo e praticamente elimina o incômodo causado nos ouvidos dos passageiros devido à diferença de pressão.

Outro detalhe interessante do Dreamliner é que ele possui as maiores janelas entre os aviões comerciais, com 46,7 centímetros de altura por 27,1 centímetros de largura. Em vez de persianas de abertura e fechamento manual, a janela do 787 conta com um sistema eletrônico chamado EDWs (sigla em inglês para Janelas com Dimmer Eletrônico), que escurece ou clareia a tonalidade dos vidros ao toque de um botão.

Total
0
Shares
Previous Post

Rússia perdeu seu primeiro caça avançado Su-35S na Ucrânia

Next Post
O Air Force One atual é baseado no 747-200; dois jatos operam nessa função desde 1990 (USAF)

Problemas em fábrica da Boeing empacam produção do novo Air Force One

Related Posts
Total
0
Share