Lula pode facilitar venda de aviões da Embraer para o Irã

Embaixador do Irã pediu uma audiência com o governo brasileiro para tratar de negociações entre os dois país, segundo a Folha de São Paulo

Os E2 usam o PW1900G, uma versão do GTF
Os E2 usam o PW1900G, uma versão do GTF (Dylan Agbagni)

Com a mudança de governança em Brasília, um antigo acordo do Irã para compra de 40 aviões da Embraer finalmente pode ir adiante. Segundo informa a Folha de S.Paulo, o embaixador iraniano no Brasil, Hossein Garibi, solicitou uma audiência com o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, para tratar de negociações entre os dois países.

O país do Golfo Pérsico negociou a aquisição de aeronaves com a Embraer em 2016, mas a fabricante suspendeu o contato no ano seguinte por temer retaliações dos EUA, então sob a administração de Donald Trump.

Desta vez, com Luiz Inácio Lula da Silva de volta à presidência, diplomatas iranianos acreditam que as relações com o Brasil podem ser incrementadas, destacou o jornal. A Embraer não comentou sobre o assunto.

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Frota de aviões do passado

Por conta dos embargos econômicos, o transporte aéreo no Irã depende de uma frota de aviões já bastante antigos. Grandes empresas do país, como Iran Air, Kish Air e Mahan Airlines voam com aeronaves que já deixaram de voar no Ocidente, como o Boeing 747-200, Fokker 100 e o Airbus A300.

Os aviões comerciais mais novos em uso no país são justamente a última leva de jatos Airbus e turboélices ATR que foram autorizados a serem entregues à Iran Air entre 2016 e 2018. Nessa época, a venda das aeronaves foi liberada por Barack Obama, ex-presidente dos EUA. Porém, em 2019, sob a administração de Donald Trump, Washington voltou a subir as barreiras econômicas contra o Irã, que segue com dificuldades para reequipar seu mercado aéreo.