Meses após concluir voos de testes, 737 MAX 7 ainda não foi certificado

Segundo documento do governo americano, Boeing continua realizando correções no projeto para atender normas da FAA

Boeing 737 MAX 7
O 737 MAX 7 deve entrar em serviço em 2024 (Anna Zvereva)

Os problemas da Boeing com o processo de certificação de suas aeronaves têm se mostrado mais extensos do que o imaginado. Além de passar por dificuldades para desenvolver os modelos 777X e 737 MAX 10, a fabricante também está com o cronograma do 737 MAX 7 atrasado.

Segundo um documento interno da Federal Aviation Administration (FAA), a agência de aviação civil do país, a Boeing está “atualmente realizando alterações” em três programas, incluindo o menor dos membros da família 737 MAX. A ironia é que a Boeing concluiu os testes em voo com os protótipos do 737 MAX 7 há bastante tempo, em outubro de 2021.

Até pouco tempo atrás, a Boeing planejava obter o certificado de tipo do 737 MAX 7 em agosto do ano passado para que a aeronave entrasse em serviço em 2022.

Assim como ocorre com o MAX 10, também a menor versão do 737 corre risco de ter de se adequar ao “Aircraft Safety and Certification Reform Act”, que entrará em vigor no final deste ano. A nova lei aprovada no Congresso dos EUA que versa sobre as regulações de alerta da tripulação, reflexos dos aprendizados com as falhas do 737 MAX 8.

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Lançado em 2016, o 737 MAX 7 é o menos popular da nova série de jatos de corredor único da Boeing. Até pouco tempo atrás ele possuáa poucos pedidos até que a Southwest Airlines decidiu fechar um acordo volumoso para renovar sua frota única de 737.

O voo inaugural do MAX 7 ocorreu em março de 2018, sete meses antes do primeiro acidente fatal com um 737 MAX. A aeronave pode transportar até 138 passageiros e tem como principal concorrente o Airbus A220.

A Southwest fez uma imensa encomenda de 737 MAX 7 no ano passado (Boeing)