Novo Boeing 737 MAX completa testes em grandes altitudes

Nova geração do 737 pousou no aeroporto de La Paz, na Bolívia, um dos mais altos do mundo
Boeing 737 MAX pousa no Aeroporto de La Paz, a 4.050 metros de altitude (Boeing)
Boeing 737 MAX pousa no Aeroporto de La Paz, a 4.050 metros de altitude (Boeing)
Boeing 737 MAX pousa no Aeroporto de La Paz, a 4.050 metros de altitude (Boeing)
Boeing 737 MAX pousa no Aeroporto de La Paz, a 4.050 metros de altitude (Boeing)

Durante o processo de certificação de uma nova aeronave é preciso realizar uma série de testes para provar suas funcionalidades e segurança. É exatamente o que o Boeing 737 MAX, a nova geração do avião de passageiros mais vendido do mundo, está fazendo neste momento.

Um 737 MAX pousou e decolou nesta segunda-feira (2) no aeroporto de La Paz, na Bolívia. O aeródromo é um dos mais altos do mundo, a 4.050 metros de altitude em relação ao nível do mar. Não por acaso, a cidade onde fica o aeroporto se chama “El Alto”. A pista fica próxima a Cordilheira dos Andes.

“Os motores e outros sistemas agiram conforme o esperado, sob condições extremas. Era exatamente isso que queríamos ver”, disse Keith Leverkühn, vice-presidente e gerente geral do programa Boeing 737 MAX.

Quanto maior a altitude, menor é a quantidade de oxigênio no ar ambiente. Quando um avião decola ou pousa em um local alto, as condições de aceleração e controle da aeronave mudam bastante comparadas às operações realizadas em média altitude ou ao nível do mar.

O 737 MAX vai realizar mais de 100 voos de testes ainda neste ano até finalmente ser homologado pelos órgãos reguladores. A primeira entrega está programada para o final de 2017.

O Aeroporto "El Alto" fica próximo a base da Cordilheira dos Andes (Boeing)
O Aeroporto “El Alto” fica próximo a base da Cordilheira dos Andes (Boeing)

Nota do editor: O aeroporto civil (que recebe voos comerciais regulares) mais alto do mundo fica em Sichuam, na China. A pista está a 4.411 metros de altitude em relação ao nível do mar. 

Veja mais: Boeing 737 número 8.888 é recebido por cliente na China

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  1. Quanto maior a altitude, o ar é menos denso. Menos partículas de oxigênio, nitrogênio, co2, argônio, etc.
    O que modifica a performance da aeronave é a densidade do fluido como um todo, não só do oxigênio.

  2. A quantidade de oxigênio é a mesma seja ao nível do mar quanto em La Paz, ou seja 21% do ar é oxigênio. O que muda com a altitude é a pressão parcial do oxigênio que cai à medida que a altitude aumenta. Essa redução da pressão parcial do gás é que determina uma menor poder de combustão na turbina e perda de potência e um arrasto aerodinâmico menor com perda de sustentação no planar e maior deslocamento de pista ao pousar.

  3. Esquecendo o avião, reparem na pobreza ao fundo.
    Como esta América Latina é atrasada.

    E um continente tão rico naturalmente , mas tão explorado.

    Quanto o avião , nada demais, duas asas e turbinado com combustível fóssil.
    Quero ver um sem asas. MAGNETISMO.
    E não pensem que já não existe. apenas esta escondido por causa do colapso financeiro dos poderosos.

  4. Bom artigo, Thiago.
    Só lembrando que El Alto é um municipio autônomo, tal como Guarulhos em relação a S. Paulo.

  5. Voo do líder, mas a concorrência da AIRBUS está na cola ………. ops ……….. na cauda ! (rs).

  6. A combustão não ocorre na TURBINA, que é apenas um dos componentes do MOTOR de um avião à jato, right?! Para ser mais preciso, ocorre na câmara de combustão.

  7. Quanta chutação neste blog e comentários! Quanto maior a altitude, menos denso o ar, proporcionando menos sustentação, necessitando maior comprimento da pista, menos carga (peso) no avião, maior compressão nos motores; tudo isso par chegar a V1 especifica do modelo e em seguida V2, rotação, e boa viagem……….! Capische?

  8. O aeroporto de La Paz chama-se El Alto não por sua altitude. Mas sim por ficar na cidade de El Alto. Assim como o aeroporto internacional de São Paulo fica em Guarulhos.

  9. Inicialmente, parabéns pelo trabalho de vocês da Airway.
    Como piloto, tive a oportunidade de voar diversas vezes para La Paz, operando o Boeing 737-300. De fato, não é à toa a escolha deste aeroporto para inúmeros testes efetuados pelos fabricantes de aeronaves. É impressionante constatar a perda de desempenho do avião sob tais condições, principalmente se comparamos com a operação em localidades mais próximas ao nível do mar.
    Citando apenas um pequeno exemplo, respeitando as consideráveis penalidades operacionais, durante o pouso, lembro-me que ao utilizar a técnica recomendada o 737-300 praticamente consumia uma boa parte dos 4000m de pista até desacelerar por completo. Na decolagem, outras “emoções” eram aguardadas. Boas recordações de um aeroporto de beleza impressionante, mas repleto de armadilhas.

  10. Olá Daniel, muito obrigado pelo comentário!

    Não sou piloto, mas sei prestar atenção nesses detalhes. Uma vez vez pousei em uma aeroporto na China, perto do Tibete, e lembro que o avião, também um B737, foi quase até o final da pista até parar. Ainda bem que é feito para funcionar! O avião e o aeroporto. Abs!

  11. Gostei da matéria acerca do novo B737 Max! Sou admirador incondicional do equipamento Boeing! Gostei muito dos diversos comentários de seus leitores, cada um complementando os demais criando um caldo de cultura impressionante! Reparem que interessante isso! Quando muitas pessoas dividem seus conhecimentos a cultura se expande e todos ganham com isso! Parabéns a todos! E que esse website continue assim! Abc!

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