Novo turboélice da Embraer pode estrear em 2028, apesar de atrasos

CEO da Embraer Aviação Comercial afirmou que a fabricante ainda está definindo as características técnicas do turboélice
Concepção artística do turboélice de última geração da Embraer (Divulgação)
Concepção artística do turboélice de última geração da Embraer (Divulgação)

Previsto anteriormente para ocorrer neste ano, o lançamento do avião turboélice de última geração da Embraer pode atrasar, mas sua entrada em serviço em meados de 2028 ainda é possível. É o que sugeriu Arjan Meijer, CEO da Embraer Aviação Comercial, em entrevista ao website AIN.

Segundo o executivo, a empresa ainda está definindo as características técnicas da aeronave, o que inviabiliza o lançamento industrial do programa neste momento. “Não vamos cumprir os prazos que demos antes e não vamos dar um novo prazo porque não queremos ficar numa posição defensiva”, disse. “Estamos tentando atingir o ponto de design do turboélice em todos os aspectos diferentes, então, se não chegarmos lá, não lançaremos. Precisamos de mais tempo.”

Meijer, em contrapartida, mencionou que o atraso no lançamento oficial do projeto não muda necessariamente a meta da estreia comercial do novo turboélice. “Podemos atrasar e ainda atingir a [meta] de 2028”, explicou. “Mas, neste momento, não sei quanto tempo precisamos. Nem sempre é útil cumprir um prazo. Você precisa deixar essas coisas evoluírem.”

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Embora o segmento dos turboélices seja considerado o ramo mais adequado para a introdução de novas tecnologias de motorização na aviação, como sistemas híbridos-elétricos e motores a hidrogênio, o CEO da divisão comercial da Embraer acredita que essa transição não deve ocorrer tão cedo.

O novo turboélice da Embraer deve aproveitar a fuselagem dos E-Jets para acelerar o desenvolvimento do projeto (Embraer)
O novo turboélice da Embraer deve aproveitar a fuselagem dos E-Jets para acelerar o desenvolvimento do projeto (Embraer)

Na visão de Meijer, as novas tecnologias de propulsão ainda não avançaram o suficiente ao ponto de alimentar com eficiência um avião turboélice com capacidade entre 70 e 90 passageiros, como o conceito proposto pela Embraer. A fabricante, no entanto, projeta a aeronave com a possibilidade de adotar novos tipos de motorização no futuro.

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