Rússia diz que estreou caça MiG-35 em missões contra a Ucrânia
Designer-chefe da United Aircraft Corporation (UAC), Sergei Korotkov afirmou à site do país que variante atualizada do MiG-29 foi usada em ataques aéreos

A Rússia afirmou ter feito o batismo de fogo de um novo caça na Guerra na Ucrânia, chamada de “operação militar especial” pelo governo Putin, o MiG-35. Segundo Sergei Korotkov, projetista-chefe da United Aircraft Corporation (UAC), a aeronave de combate foi usada em ataques aéreos no conflito.
“Hoje, em função dos acontecimentos que estão ocorrendo, o caça já está participando de todas as operações que estão sendo realizadas. Mais voos de testes ainda precisam ser concluídos e então o Ministério da Defesa tomará a decisão final”, após ser questionado pelo RIA Novosti se a aeronave seria encomendada pela Força Aérea da Rússia.
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O caça da “geração 4++” voou pela primeira vez em 2016, embora venha sendo desenvolvido há mais tempo.

Até o momento apenas seis aeronaves de pré-produção teriam sido finalizadas. A UAC pretendia transformá-lo em um produto de exportação, mas não houve interessados até o momento.
Derivado do MiG-29, o caça possui motores RD-33MK mais eficientes, oito pontos de fixação de armamentos (dois a mais que seu antecessor) e aviônicos mais atuais como um radar AESA (Active Electronically Scanned Array).
A UAC tem oferecido o MiG-35 a diversos países ao longo dos anos. Entre eles estão o Egito, Índia, Bangaldesh e Malásia, mas com a invasão militar à Ucrânia e as sanções ocidentais, a chance de venda da aeronave no exterior passou ser bastante remota.
A Força Aérea Argentina, por exemplo, chegou a considerar o caça russo, mas o retirou da concorrência para substituir seus antigos Mirage III, preferindo avaliar o sino-paquistanês JF-17, o indiano LCA Tejas e o aeronaves F-16 de segunda mão da Dinamarca.