Sai China, entram os EUA: Força Aérea Argentina terá caças F-16, segundo mídia do país
Imprensa local afirmou que governo do presidente Javier Milei já teria decidido por um pacote de 24 caças de segunda mão oferecidos pela Dinamarca com aval dos Estados Unidos

O novo presidente da Argentina, Javier Milei, teria seguido o caminho previsível na decisão de reequipar a Força Aérea do país com um caça de combate.
De acordo com sites de mídia do país, o caça Lockheed Martin F-16 foi o escolhido. As aeronaves, de segunda mão, serão repassadas pela Dinamarca.
A Fuerza Aerea Argentina deverá receber 24 caças, explicou o Clárin, jornal mais influente do país. O anúncio deverá ocorrer em breve.

Nas últimas semanas, Milei se encontrou com o embaixador dos Estados Unidos na Argentina, Marc Stanley, enquanto uma comitiva da Dinamarca esteve no país recentemente para tratar do assunto.
A escolha do F-16, mesmo sendo unidades fabricadas nos anos 70, era esperada diante da vertente política do novo presidente, um ultraliberal.
Caças sino-paquistaneses eram favoritos
Sucessor do presidente peronista Alberto Fernández, de esquerda, Milei se distanciou da oferta até então considerada favorita, a compra de caças JF-17 Thunder, fabricados por um joint venture entre a paquistanesa PAC e a chinesa Chengdu.
Havia ainda uma oferta indiana, feita pela fabricante HAL, que sugeriu substituir componentes britânicos do caça leve Tejas.
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Embora baratos, modernos e novos, os JF-17 teria esbarrado em mudanças profundas de sistemas e doutrinas utilizadas pela Força Aérea Argentina.

Segundo o InfoBae, a proposta original dos EUA era de vender 34 caças F-16, mas o número foi reduzido em 10 aviões, que serão repassados à Ucrânia.
A mudança de direção na concorrência por um substituto dos caças Dassault Mirage III, aposentados em 2015, ocorreu ainda no governo anterior, quando o presidente dos EUA, Joe Biden, se aproximou do país ao aprovar a venda do F-16 e também de aviões de patrulha marítima P-3 Orion, que foram desativados pela Noruega.
O movimento visou limitar a influência da China na região, o que com a eleição de Milei, tornou-se algo consumado.