Sites de rastreamento de aviões podem ser “censurados”

Tema foi abordado por representantes da Árabia Saudita na última reunião da ICAO
As plataformas de rastreamento de voos em tempo usam dados de ADB-S (Flightradar24)

Passatempo de muito entusiastas da aviação, as plataformas de rastreamento de aeronaves em tempo real podem estar com os dias contados. Preocupações de segurança e privacidade sobre a transmissão livre na internet da movimentação de aviões e helicópteros ao redor do mundo foi um dos temas discutidos na última assembleia trienal da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), realizada em Montreal, no Canadá, nesta semana.

A preocupação partiu de representantes do órgão de aviação da Arábia Saudita, que reclamaram por meio de um documento que dados detalhados sobre voos estão amplamente disponíveis e não há mecanismos regionais ou globais para controlar e limitar a visualização de voos “privados e sensíveis”.

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Na visão dos sauditas, a ICAO deveria considerar a criação de “novas disposições” nessas plataformas, tais como o Flightradar24 e FlightAware, para mitigar “perigos, riscos e ameaças” a respeito do compartilhamento público de informações sobre voos, incluindo ferramentas de criptografia de transmissões ou a “desidentificação” dos conteúdos disponíveis nas páginas de rastreamento.

O documento apresentado pelos árabes diz que os dados de transmissão do Sistema de Vigilância Aérea Automático Dependente por Radiodifusão (ADB-S, na sigla em inglês) podem ser acessados por receptores simples. O equipamento, que normalmente é acoplado nos transponders das aeronaves, mostra dados de origem, destino, plano de voo, velocidade e altitude, além de fotografias de spotters do avião ou helicóptero rastreado pelo internauta.

A solução sugerida pelos sauditas é firmar acordos com as plataformas de rastreamento ou provedores de internet para mascarar dados de voos e aeronaves em tempo real ou permitir que as partes diretamente envolvidas no voo poderem restringir o acesso aos dados.

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