Substituto do A320neo e jatos A350 e A220 com maior capacidade estão nos planos da Airbus
CEO da empresa, Guillaume Faury afirmou em entrevista que programa do novo avião de fuselagem estreita terá início em 2027 com escolha de motor

A Airbus tem na manga ao menos três projetos para sua família de aeronaves comerciais, revelou o CEO da empresa, Guillaume Faury, em entrevista à Aviation Week.
O mais ambicioso e complexo é o sucessor da família A320neo, um programa que há muito tempo é estudado e chegou a ser pensado como uma aeronave movida a hidrogênio.
A fabricante, no entanto, percebeu que adotar a tecnologia esbarraria em uma série de barreiras burocráticas e regulatórias e que não dependem apenas dela.
Recentemente, a Airbus revelou os primeiros rascunhos de uma aeronave que poderá ser propulsionada pela tecnologia “open rotor”, como o projeto Rise, da CFM.

Trata-se de uma tecnologia em que grandes hélices curvas fazem o papel de “ventilador”, otimizando o consumo de combustível.
Agora, Faury revelou uma previsão para que o programa tenha início, o ano de 2027, quando se espera que a empresa bata o martelo sobre o tipo de motor que equipará o novo avião.
Entre as opções estão não só o “rotor aberto”, mas também um turbofan mais eficiente. A aeronave, contudo, não será uma atualização da família A320neo, garantiu ele.
O plano é que a nova família seja lançada em 2030 e chegue ao mercado em 2037 ou 2038, linha de tempo que o executivo-chefe considera o ‘ponto certo’ para o mercado.

A350 ainda mais comprido
Guillaume também abordou dois projetos de ampliação de aviões existentes, o A350 e o A220.
O jato originalmente desenvolvido pela Bombardier já foi alvo de muitas especulações sobre uma variante ‘A220-500’ ou ‘A221’, mas até hoje a Airbus desconversa, dizendo não ser o momento ideal para isso. No entanto, um anúncio pode ocorrer mais cedo do que se pensa, segundo fontes da revista.
Já o widebody pode sim ganhar uma variante ainda maior que o A350-1000. Ela seria uma resposta ao atrasado Boeing 777X que na sua variante de maior capacidade pode levar 426 passageiros em duas classes.

Segundo Faury, um A350 ainda mais esticado é uma evolução natural da linha de produtos, mas que não vê necessidade de criar mais diversidade no portfólio em meio à restrições na capacidade de produção.
Seja como for, o Paris Air Show 2025, que começa na semana que vem, será um palco perfeito para que algumas dessas ideias tornem-se realidade, quem sabe.