Vitória sobre o ‘poderoso’ Rafale transforma pouco conhecido caça chinês J-10C em estrela
Jato supersônico do Paquistão que derrubou caça da Dassault marcou batismo de fogo da aeronave da Chengdu e do armamento da AVIC

O conflito entre Índia e Paquistão sobre o território da Caxemira teve duração curta e nenhum vitorioso, mas ao menos a China celebrou algo, a derrubada de um caça Rafale por um jato J-10CE.
Embora inicialmente contestada, a vitória acabou reconhecida mais tarde após evidências mostrarem o jato da Dassault de matrícula BS 001 destruído no solo.
A Força Aérea Paquistanesa alegou ter abatido o badalado Rafale com mísseis ar-ar PL-15, também fornecidos pela China e que foram disparados pelo caça da Chengdu.
Siga o AIRWAY nas redes: WhatsApp | Telegram | Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter
Trata-se da primeira vez que ambos os ativos foram usados em combate, demonstrando a capacidade chinesa em um cenário real.

As circunstâncias do combate aéreo e mesmo do preparo dos pilotos de ambos os lados são desconhecidos e podem ter influenciado o resultado, porém, ainda se trata de um feito notável para a China.
O país tem ampliado o desenvolvimento e a produção de armamentos e o que mais impressiona é que o J-10C está longe de ser um de seus principais aviões de combate se comparado ao jato furtivo J-20, por exemplo.
Ele é uma aeronave de geração 4.5, ou seja, similar em capacidade às versões mais atuais do Rafale, F-16 e do Gripen E/F.

Reputação chinesa em alta
Apenas a China e o Paquistão são operadores do J-10C, com o país da Ásia Central recebendo os primeiros caças da variante J-10CE (Exportação) em 2022. Acredita-se que cerca de duas dezenas já foram entregues.
Já o PL-15E é um míssil ar-ar de longo alcance capaz de atingir alvos a quase 150 km de distância usando um radar de guiagem ativa. A China possui, contudo, uma versão de desempenho superior.
A vitória contra a Índia fez as ações da Chengdu subirem na bolsa de valores chinesa e certamente elevou a reputação do país como exportador de armamentos.

Significa na prática que mais potenciais clientes passarão a considerar a China em novos contratos de armamentos, uma má notícia para tradicionais exportadores como os Estados Unidos, a Europa e a Rússia.
Não é por menos que o J-10CE passou de um “azarão” a estrela no mercado de caças de exportação, já em busca de contratos com países como Colômbia e Malásia.