10 drones de passageiros que mudarão o transporte urbano

Diversos projetos nessa área já estão em desenvolvimento no mundo todo, inclusive no Brasil
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Diversos modelos de drones para passageiros já estão em desenvolvimento; a nova forma de transporte aéreo deve virar realidade a partir da próxima década (Divulgação)

Você está no trânsito, parado, cansado e irritado com o barulho de buzinas e a fumaça dos carros. Logo pensa: vou andar de moto! Então, de repente, cai uma chuva pesada. Você desiste das duas rodas e se pergunta como poderia ir do ponto A ao ponto B sem enfrentar tamanha situação.

A resposta para essa questão não está em terra, mas no ar. Isso mesmo, voando. Tão popular hoje em dia, os drones estão ficando grandes e já pode levar uma pessoa ou mais.

Startups e fabricantes consagradas ao redor do mundo estão buscando no drone a saída para enfrentar o caos do trânsito urbano, cada dia pior. Eles prometem viagens mais rápidas e baratas.

Autônomo, o drone não precisa de piloto, apenas do passageiro e seu destino para voar com segurança e conforto, percorrendo rotas pré-determinadas e numa velocidade igual ou pouco acima do limite urbano em solo.

Abaixo, confira 10 drones que deverão mudar a cara do transporte urbano, para melhor:

Ehang 184

Este é um drone com capacidade para uma pessoa e está chamando a atenção por ter sido contratado para o serviço de “táxi-aéreo” em Dubai. Equipado com baterias de lítio, o Ehang 184 pode fazer viagens de 25 minutos a uma velocidade de cruzeiro de 100 km/h, o que é muito bom para evitar o trânsito abaixo.

O EHang 184 realizou mais de 1.000 voos nos últimos meses na China (Divulgação)
O EHang 184 realizou mais de 1.000 voos na China (Divulgação)

Sua altitude é limitada em 500 metros, com um peso de decolagem de 260 kg com 100 kg de carga útil. Segundo o fabricante o tempo de recarga da bateria é de uma hora. No Ehang 184, o passageiro viaja diante de uma tela com um mapa e dados de voo, previamente inseridos através de um aplicativo de smartphone.

Astro Elroy

O Astro Elroy leva duas pessoas e tem o cockpit muito parecido com o de um pequeno helicóptero. Internamente ele tem duas telas e um bom espaço para os passageiros. Embora seja autônomo, ele permite que um piloto experiente possa comandá-lo, já que possui comandos físicos para o controle do aparelho.

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O drone Elroy é projetado para voar a 70 km/h (Divulgação)

Uma armação sustenta 8 motores elétricos com duas hélices bipás com cada um. Feito em fibra de carbono, o Elroy tem velocidade de 70 km/h e pode voar por 25 minutos. A navegação da aeronave é feita por conexão 4G LTE ou pelo próprio passageiro, se for o caso, mediante o uso do display touchscreen, mas sem o manuseio do controle da aeronave.

Volocopter 2X

A startup alemã E-Volo também tem uma proposta de drone para uso urbano. Trata-se do Volocopter 2X, que também se assemelha a um helicóptero, mas possui um conjunto de 18 motores elétricos com hélices de duas pás.

O primeiro voo tripulado do Volocopter foi conduzido por Alexander Zosel, diretor da E-volo (E-volo)
O primeiro voo tripulado do Volocopter foi conduzido por Alexander Zosel, diretor da E-volo (Divulgação)

Totalmente autônomo e elétrico, o 2X foi feito para duas pessoas, mas também pode ser pilotado. O Volocopter tem velocidade de 100 km/h, podendo voar 27 km a 70 km/h ou fazer uma viagem de 27 minutos a 50 km/h. O drone alemão também concorre para ser o táxi-voador de Dubai.

Zephyr Cora

Mais avião que um drone, a aeronave foi desenvolvida pela Zephyr Airworks, que tem como sócio Larry Page, co-fundador do Google. O veículo foi projetado por Sebastian Thrun, engenheiro que trabalhou no projeto de carro autônomo do Google.

O Cora é impulsionado por 13 motores elétricos; lançamento é esperado para 2021 (Reprodução/Youtube)
O Cora é impulsionado por 13 motores elétricos; lançamento é esperado para 2021 (Reprodução/Youtube)

Autônomo, o Cora pode levar duas pessoas e apresenta alcance de 100 km com velocidade máxima de 177 km/h. Usando duas asas flexíveis e 12 motores elétricos com hélices de duas pás, o drone tem ainda um motor extra para cruzeiro, onde desliga-se os demais motores para voar como um avião.

Airbus Pop.Up Next

Conceito apresentado no Salão do Automóvel de Genebra de 2017, o Airbus Pop.Up Next foi desenvolvido em parceria com a Audi. O destaque desse drone é que ele se transforma em um pequeno carro, que ao parar no ponto de decolagem, é colhido pelos rotores.

A Airbus pretende realizar os primeiros testes de voo do Pop.Up ainda neste ano (Airbus)
O Airbus Pop.Up Next é uma combinação de carro com drone (Airbus)

O engate é automatizado e a cabine se desprende da base com rodas. Com autonomia de 130 km a uma velocidade de cruzeiro de 100 km/h, o Pop.Up Next pode chegar ao mercado com uma versão muito mais rápida (540 km/h), mas com alcance de 50 km.

Aurora Flight (Boeing)

Subsidiária da Boeing, a Aurora Flight está desenvolvendo um drone para competir com Airbus e outras empresas desse novo ramo. O veículo ainda está em fase inicial, com um protótipo bem diferente da proposta final, voando nos EUA, mas ainda não passou de 5 metros de altura.

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O drone da Aurora Flight tem controle autônomo e espaço para dois passageiros (Divulgação)

Pelo que a empresa apresenta em seu site, o drone terá dois lugares e pelo menos 14 motores elétricos, sendo seis em posição horizontal no bordo de ataque das asas e seis verticais no bordo de fuga, além de outros dois fixados dentro de duas pequenas asas na frente.

Uber e Embraer

A Embraer fechou um acordo com o Uber para o desenvolvimento de um drone para transporte pessoal, embora a ênfase do projeto seja mais para um táxi-aéreo entre cidades. De qualquer forma, o projeto não deve ter alcance além de 100 km e será integrado ao aplicativo para viagens como as atuais.

A Uber pretende testar seu primeiro veículo aéreo até 2020 (Embraer X)
A Uber pretende testar seu primeiro veículo aéreo até 2020 (Embraer X)

Embora faça segredo, a empresa brasileira liberou um vídeo onde um conceito aparece sustentado por seis motores elétricos e um adicional para impulsão. Parte do projeto Uber Elevate, o drone fará o primeiro voo em 2020 e entrará em operação no ano de 2023.

Lilium

Recentemente o projeto Lilium causou sensação no mundo. O drone desenvolvido na Alemanha foi revelado em vídeos com uma manobrabilidade excepcional. Com alcance de 300 km e cruzeiro de 300 km/h, o Lilium utiliza 36 pequenos fans elétricos móveis nas asas traseiras e dianteiras, permitindo pouso e decolagem extremamente suaves.

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As operações com o Lilium estão programadas para começarem em 2025 (Divulgação)

Batizado em homenagem ao alemão Otto Lilienthal, que desenvolveu os primeiros planadores no final do século XIX, o veículo promete resolver a questão do deslocamento urbano. Ele pode percorrer 70 km em 15 minutos. Embarque e pouso ocorrerão nos centros Lilium, mas a operação só iniciará em 2025.

Agusta Project Zero

A Agusta Westland, empresa do grupo italiano Leonardo, tem o Project Zero, um tilt-rotor que pode decolar de forma autônoma de locais pequenos e voar em trânsito sobre a cidade por até 100 minutos, segundo a empresa.

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Famosa no ramo dos helicópteros, a Agusta Westland agora quer se aventurar com os drones de passageiros (Divulgação)

Em seu estágio inicial, o ainda conceito Project Zero tinha limitação de 10 minutos. O projeto, que envolve outras empresas italianas, ainda está em desenvolvimento e não há previsão de sua estreia no mercado mundial.

Autonomous Flight YS6

Este é um projeto recente de drone feito na Inglaterra. A startup Autonomous Flight desenvolveu o YS6, um veículo aéreo que tem velocidade de cruzeiro de 112 km/h e alcance de 128 km, voando a uma altitude de 457 metros.

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O design futurista do YS6 parece ter saído de um filme de ficção científica (Divulgação)

O YS6 tem três motores elétricos duplos com hélices tripás de rotações contrárias, sendo dois na frente e um atrás. O espaço interno é para duas pessoas. A empresa promete ligar os aeroportos internacionais aos centros das maiores cidades do mundo em viagens que durarão em média 12 minutos.

Veja mais: Primeiro Embraer KC-390 da FAB realiza voo inaugural

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  1. Só podem ser conceitos.
    Tantas hélices posicionadas abaixo do corpo do do veículo, o passageiro vai ter que esperar um bom tempo o aviso para descer sem risco de ser triturado.

  2. Isso só transferiria o congestionamento em terra para o ar. Imaginem o caos aéreo se todos resolvessem comprar um desses drones…

  3. Meu Deus, como o ser humano está atrasado! Essas máquinas são uns monstrengos! Inviáveis! O conceito óbvio de um “carro voador” deveria ser algo que nos tirasse facilmente de um congestionamento, por exemplo. Algo que ocupasse o espaço de um carro comum e que pudesse decolar na vertical, caso necessário, sem transtornos para quem está em volta, como barulho excessivo ou deslocamentos de ar. Estamos muito longe disso. Não é pra nossa geração ainda, infelizmente!

  4. Também chamados de helicópteros. Não adianta mudar o nome: uma rosa continua sendo simplesmente uma rosa.

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