Aerocivil aprova fusão entre Avianca e Viva Air

Autoridade de aviação civil da Colômbia condicionou acordo estabelecendo vários requerimentos como a manutenção do perfil low cost da Viva

Fusão Viva e Avianca aprovada (Willian Lopez e Stevenhe1997)

Cerca de 11 meses após ser anunciada, a fusão entre a Avianca e a Viva Air ganhou o aval da Aerocivil, autoridade de aviação civil da Colômbia.

A aprovação foi divulgada nesta segunda-feira, 21, e condiciona o negócio ao cumprimento de vários requerimentos, entre eles manter o perfil low cost da Viva Air por três anos.

A companhia aérea, fundada há pouco mais de uma década, deixou de voar em 28 de fevereiro por conta de sua situação financeira grave. Parte da frota foi devolvida aos arrendadores por falta de pagamento e o futuro da transportadora ficou em xeque enquanto mais empresas aéreas demonstraram em interesse em adquiri-la.

No comunicado, a Aerocivil reafirmou que a fusão entre as duas empresas resultaria em prejuízo ao passageiro, por conta da concentração de mercado.

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Decisão corre risco de apelação

Em nova análise, a agência estatal determinou que a Avianca e a Viva Air prossigam com o plano de integração, mas que ele preveja o atendimento aos passageiros afetados pela paralisação do serviço e a devolução de vários slots em aeroportos concorridos, incluindo a rota entre Bogotá e Buenos Aires, na Argentina.

Aeroporto El Dorado, em Bogotá, é o mais disputado pelas empresas (EEIM)

Duas exigências, no entanto, soam bastante imprecisas, como “manter um limite de tarifas em rotas onde as duas possuem 100% do mercado”, ou “garantir o dinamismo nas rotas que são alvo de maior concentração”.

Apesar da decisão, as demais concorrentes podem apelar ou contestar o resultado. Empresas aéreas como LATAM e JetSmart têm grande interesse em ampliar sua presença na Colômbia, um dos maiores mercados de aviação na América do Sul.

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Juntas, a Avianca e a Viva Air controlam cerca de 54% do tráfego de passageiros na Colômbia. O Aeroporto de El Dorado, em Bogotá, atualmente o mais movimentado do continente, é o principal motivo de disputa por conta do espaço limitado de horários.

Até antes de encerrar suas operações, a Viva Air voava entre Medellín e São Paulo, rota que estreou em junho do ano passado.

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