“Airbus chinês” consegue megaencomenda de 100 jatos

China Eastern Airlines, sua primeira cliente, fechou pedido com a COMAC para entregas entre 2024 e 2031
Um dos dois C919 em serviço (CEA)

A COMAC, fabricante chinesa de aeronaves comerciais, e a China Eastern Airlines, uma das maiores transportadoras do mundo, assinaram um acordo de aquisição de 100 jatos C919 nesta quinta-feira (28) em Xangai.

Trata-se do maior pedido firme do novo jato comercial chinês, que estreou na própria China Eastern em maio.

Segundo a COMAC, os 100 aviões serão entregues entre 2024 e 2031, num volume crescente. No ano que vem, a fabricante entregará cinco aeronaves, entre 2025 e 2027 serão 10 jatos, entre 2028 e 2030 a razão será de 15 aviões por ano e por fim em 2031 a China Eastern receberá os 20 C919 restantes.

O acordo entre as duas empresas era aguardado após a China Eastern Airlines ter sido a cliente de lançamento do C919. Inicialmente, a empresa aérea adquiriu cinco aeronaves e recebeu a primeira delas em dezembro de 2022.

Cerimônia de assinatura da venda de 100 jatos C919 para a China Eastern (CEA)

Por vários meses o único C919 de produção em série foi testado em voos sem passageiros pagantes até que em 28 de maio a aeronave realizou o primeiro voo comercial. Em 16 de julho, o segundo jato foi entregue pela COMAC e entrou em operação em agosto.

Até 26 de setembro as duas aeronaves C919 da China Eastern acumulavam um total de 1.140 horas de voo, tendo realizado 296 partidas com uma taxa média de ocupação de 73%, segundo a COMAC.

China Eastern Airlines closes mega order for 100 C919 jets

Foram transportadoras nesse intervalo cerca de 35.000 passageiros. O C919 é configurado com 164 assentos na China Eastern.

Passageiros do primeiro voo comercial do C919 (CEA)

Substituto do Boeing 737 e do Airbus A320

Os planos da China Eastern em relação aos seus jatos de fuselagem estreita não estão claros ainda, mas a encomenda de 100 C919 dá uma boa pista sobre o futuro dos rivais ocidentais na sua frota, o Boeing 737 e o Airbus A320.

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Embora a empresa aérea tenha acordos para receber ambos, a tendência é que o C919 tome espaço hoje de modelos mais antigos como o 737-800NG e o A320ceo, dos quais a China Eastern tem 102 e 166 aeronaves, respectivamente.

O novo acordo também pavimenta o início da produção em maior escala na fábrica da COMAC em Xangai.

 

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  1. A fabricante é estatal; a aérea, como todas as empresas na China, devem submissão ao Partido Comunista Chinês… Pode ser ótimo pra indústria aeronáutica, mas uma estatal como a COMAC querer fazer parecer uma conquista formidável por ter “vencido” as concorrentes, aí é piada!!

  2. Exatamente, Marcelo. Em termos de números é bem significativo mas elas são obrigadas a adquirirem o produto nacional. Não que sejam ruins mas não há concorrência.

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