Airbus planeja avião concorrente do KC-390 da Embraer

Apelidado de “A200M”, projeto FASETT propõe uma aeronave multimissão para complementar as atividades do A400M Atlas na Europa
Projeto FASETT pede uma aeronave de médio porte para complementar as missões do A400M Atlas na Europa (Divulgação)

O Fundo de Defesa Europeu anunciou nesta semana o investimento de 30 milhões de Euros para impulsionar o projeto FASETT (Future Air System for European Tactic Transport), que pode originar um novo cargueiro tático da mesma categoria do Embraer KC-390 Millennium. A iniciativa, que envolve 33 empresas europeias, é liderada pela Airbus Defense & Space.

A fase inicial do projeto deve transcorrer pelos próximos 18 meses, durante os quais será realizada uma análise de viabilidade técnica e de mercado. Caso aprovado, o desenvolvimento completo da aeronave está previsto para ocorrer entre 2030 a 2040. A imprensa europeia chama o avião informalmente de “A200M”, sugerindo uma versão compacta do Airbus A400M Atlas.

O FASETT é proposto para substituir aeronaves de transporte militar em serviço com as forças armadas de nações da União Europeia, tais como o C-130 Hercules, Leonardo C-27 Spartan e o Airbus C295. Detalhes sobre motorização e desempenho ainda não foram definidos. Diz-se apenas que o aparelho oriundo do projeto deve ser capaz de complementar as atividades do A400M, que é uma aeronave multimissão de grande porte e longo alcance – e por isso mais onerosa.

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O KC-390 estreou com a Força Aérea Brasileira em 2019; próximo operador será Portugal (Embraer)

Na busca por novas aeronaves de transporte táticos, as forças aéreas da Europa vêm se dividindo entre o C-130J e o KC-390. Por ora, o avião brasileiro já foi encomendado por Portugal e Hungria, além de ter sido selecionado pela Holanda – que deve concluir a compra do Millennium neste ano. O projeto FASETT, portanto, pode quebrar essa hegemonia na categoria que tem basicamente somente as opções de aviões da Lockheed Martin e da Embraer.

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  1. sem chance, até lá o C-390 já vai ter dominado boa parte do mercado europeu o que torna esse projeto inviável. vida longa ao C-390!

  2. Se a possibilidade de uma parceria entre embraer e Airbus para a europeia fabricar o kc-390 poderia muito bem ser incentivado pelo governo brasileiro, duvido que os europeus aceitem se renderem a um produto de qualidade fora do bloco e tb por que isso daria capacidade econômica a brasileira para desenvolver outro aviões, inclusive o concorrente do ATR e novas famílias dos E2. Por outro lado o desenvolvimento destes projetos, mesmo com dinheiro de sobra costuma demorar basicamente pelo menos meia década para começar a sair do chão e mais meia década de certificação e início da produção, neste prazo de tempo as muitas qualidades do kc-390 já estarão muito mais consolidadas e mesmo o Lockheed com Hércules estaria também ainda mais defasado. Cenário para o modelo da Embraer tende a ser bem favorável. A empresa se mantiver a pegada internacional e receber apoio do governo brasileiro nas próximas décadas as possibilidades de futuro, salvo acidentes de percurso são bem positivas.

  3. Tá passando da hora da EMBRAER também sinalizar um avião comercial entre 220 a 300 passageiros. Boeing e Airbus não podem ver um bom projeto da EMBRAER que já se metem pelo meio.

  4. Se a Embraer tiver um pouco de tato , e perceber que o interesse dos europeus e americanos , e sempre de detonar os produtos brasileiros , entrava de cabeça nesta briga , e construiria um maior ,mais econômico , e com dispensa de manutenção menor ,para concorrer com o A400 .Não e fazer picuinhas que eles querem , que vença o melhor !

  5. levasse anos para se ter o avião operacional.
    levando em conta o show de horrores que foi para A400 se tornar operacional.
    o futuro será difícil para esse empreendimento.
    boa sorte, vão precisar.

  6. Certeza que sera cancelado, o A400M ja e um projeto super dimensionado, a Alemanha mesmo comprou quase o dobro do que realmente precisava, ou seja nao a espaço para outra aeronave de transporte em curto ou medo prazo pois se nao oa A400 ano terão demanda de serviço. Oque oe europeu querem e colocar “demanda” pra o setor industrial, porém o setor militar nao tem mãos para absorver mais uma aeronave superfaturada

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