Airbus quer fabricar “detector de coronavírus” para aviões e aeroportos

Grupo europeu expande parceria com startup de biotecnologia dos EUA que desenvolve chip híbrido com células receptoras de odores
(Airbus)
Cabine com detector de vírus: tecnologia também pode ajudar a encontrar ameaças químicas e explosivos (Airbus)

Checagem de bilhetes e documentos, passagem pelo detector de metais, bagagens no raio x, teste biológico automático de coronavírus… Os procedimentos de segurança em aeroportos e aviões comerciais estão sendo repensados para identificar riscos biológicos, como foi a disseminação do vírus causador da pandemia de Covid-19.

Buscando uma solução nessa área, a Airbus em parceria com a startup de biotecnologia norte-americana Koniku Inc. quer desenvolver um “detector de coronavírus” sem contato e automatizado para aplicação em aeronaves e aeroportos.

A Koniku está projetando um chip híbridos com células vidas que atuam como receptores de odores capazes de sentir a presença de um determinado composto em nível molecular. Segundo a empresa, a tecnologia pode ser aplicada em diferentes campos, da indústria alimentícia até o setor militar. A ideia agora é adaptar o sistema para detectar agentes biológicos como o coronavírus, além de ameaças químicas e explosivos. A Airbus coopera com a startup da Califórnia desde 2017.

O detector de odores da Koniku pode ser adaptado para diversas aplicações (Koniku)

“A Airbus está demonstrando sua capacidade de acelerar os ciclos de pesquisa tradicionais em um ambiente de tempo real, a fim de desenvolver e trazer ao mercado uma solução de segurança de ponta a ponta e revolucionária em escala convincente e com velocidade, contribuindo assim para a melhoria contínua da segurança no ecossistema de transporte aéreo, aumentando a eficiência operacional e melhorando a experiência dos passageiros”, segue o comunicado da Airbus.

Teria o novo coronavírus se espalhado tão rapidamente pelo mundo caso essa nova tecnologia já estivesse disponível? De toda forma os aprendizados nesse tempo de crise podem ser essenciais para estabelecer um “novo normal” no mercado de aviação e evitar que novas pandemias aconteçam no futuro.

Veja mais: Embraer Brasília é abatido por engano na Somália

 

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