American Airlines trocará o Boeing 757 pelo novo 737 MAX nos voos para Brasília

Companhia norte-americana repete estratégia da Gol na rota entre a capital federal e Miami

American também usará o 737 MAX nos voos entre Miami e Brasília (American)
American também usará o 737 MAX nos voos entre Miami e Brasília (American)

A fama de jato transcontinental do 737 MAX está se espalhando. Depois de estrear em voos internacionais entre o Brasil e os Estados Unidos pela Gol, o novo jato de um corredor da Boeing também será utilizado da mesma forma pela American Airlines a partir de maio de 2019. E com um detalhe: na mesma rota Brasília-Miami operada pela companhia brasileira.

A American tem um voo diário entre a capital federal e a famosa cidade da Florida em que usa um Boeing 757-200 com 171 assentos, sendo 14 na executiva e 157 na econômica. Agora, com o 737 MAX 8 a capacidade será menor: são 150 lugares, com 16 assentos na executiva e 134 na econômica.

O 737 MAX da AA também não oferece telas individuais de entretenimento e sua executiva não reclina 180º, porém são 94 cm de distância entre assentos e 53,3 cm de largura. Por outro lado, o novo avião certamente terá um custo de operação bem inferior ao seu irmão mais velho que deve ser aposentado nos próximos dois anos.

O voo da American decola de Miami às 15h50 e pousa em Brasília às 00h30 já no dia seguinte. O retorno ocorre às 07h com pouso em Miami às 13h50, todos horários locais.

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O Brand Finance avaliou a AA como a empresa mais valiosa de 2017, em US$ 9,8 bilhões (Divulgação)
O 757 é utilizado no voo entre Brasília e Miami atualmente (American Airlines)

O retorno da escala em Punta Cana

Não se pode questionar a capacidade do 737 MAX em voar grandes distâncias para um jato “narrowbody” e a Gol está provando isso na pele no início da operação internacional para os EUA. Com uma frota ainda pequena do jato da Boeing, a companhia brasileira tem sofrido com a indisponibilidade de alguns deles nesses primeiros dias após a estreia dos voos de Brasília e Fortaleza para Miami e Orlando.

O problema é que, na falta do MAX, a solução tem sido escalar o 737-800 NG com o inconveniente de realizar uma escala no caminho, na República Dominicana (aeroporto de Punta Cana), aumentando o tempo de voo em rota – era dessa forma que a companhia voava para a Flórida anteriormente.

Foi o que ocorreu, por exemplo, no feriado do dia 15 de novembro quando o 737 NG prefixo PR-GUK assumiu o lugar do MAX PR-XMC que estava em manutenção. A Gol espera terminar 2018 com seis unidades do 737 MAX na frota e certamente essa situação deixará de ocorrer.

A Gol vai receber 120 jatos 737 MAX até 2028 (Gol/Portal Ponte Aérea)
A Gol estreou o 737 MAX entre Brasília e Miami (Gol/Portal Ponte Aérea)

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