Boeing contrata funcionários temporários para acelerar retorno do 737 MAX
Fabricante trabalha para devolver o 737 MAX ao serviço até o final deste ano


A Boeing informou nesta terça-feira (20) que vai começar a contratar “algumas centenas” de funcionários temporários para trabalhar na frota aterrada de jatos 737 MAX. O objetivo da fabricante é acelerar o retorno das aeronaves assim que os órgãos reguladores emitirem as autorizações.
Para ocupar os postos temporários, a Boeing está em busca de técnicos de aviônicos, mecânicos (especializados em fuselagens e motores de aviões) e eletricistas de aeronaves. A empresa fornecerá aos funcionários moradia paga e subsídio para refeições.
Quando os reguladores finalmente liberarem o 737 MAX para retornar ao serviço, todos os aviões paralisados vão precisar receber um novo pacote de software concebido para consertar o sistema MCAS (Sistema de Aumento de Características de Manobra). O mal funcionamento do programa de controle é apontado como o principal responsável pelas quedas das aeronaves da Lion Air e da Ethiopian Airlines, que deixaram um total de 346 mortos.
Além disso, como todos os jatos estarão estacionados por pelo menos seis meses até a liberação final, cada exemplar vai exigir trabalhos de manutenção nos motores e outros sistemas, seguido de voos de verificação para garantir que tudo esteja funcionando com segurança.
Mais de 300 jatos 737 MAX (modelos MAX 8 e MAX 9) estão proibidos de voar no mundo todo desde março e outras quase 400 aeronaves estão estacionadas na fabrica da Boeing em Renton à espera da liberação para serem entregues aos clientes.

A Boeing ainda informou que todos os 737 MAX aterrados serão levados para as fábricas em Seattle e Everett onde serão submetidos aos processos de revisão. A fabricante não informou detalhes sobre o total de aviões ou capacidade de manutenção que cada um desses locais poderá suportar.
O pacote de final de modificações no 737 MAX deve ser apresentado à agência de aviação civil dos EUA (FAA) em setembro. Se as alterações forem aprovadas, o avião deve ser liberado dentro de um mês. A Boeing ainda acredita que as aeronaves podem retornar ao serviço no quarto trimestre deste ano.
Veja mais: Boeing aumentará produção do 767