Boeing confirma o 777X apenas em 2025 e pausa produção até 2023

Fabricante teve novo prejuízo no primeiro trimestre de 2022, mas mostra-se otimista em superar desafios dos programas 737 MAX e 787 Dreamliner
O primeiro protótipo do 777X em voo (Boeing)

A Boeing apresentou os resultados do primeiro trimestre de 2022, nesta quarta-feira (27), em que teve um prejuízo de quase US$ 1,5 bilhão. A fabricante norte-americana revelou perdas em vários programas como o do jato de treinamento T-7A Red Hawk e do novo avião presidencial dos EUA, o Air Force One, mas foram os problemas persistentes com os aviões comerciais que voltaram a preocupar.

Como era esperado, a fabricante confirmou que a entrada em serviço do 777X, seu mais novo jato de longo alcance, ocorrerá apenas em 2025. Além disso, a boeing revelou que a produção do widebody bimotor será pausada até 2023. A linha de montagem em Everett também será ajustada para ser capaz de produzir mais 777-8F cargueiros a partir de 2024.

A decisão de postergar a entrada em serviço foi feita após “uma avaliação atualizada do tempo necessário para atender aos requisitos de certificação”, explicou a empresa.

“Permanecemos confiantes no programa 777 e nossos clientes continuam a ver o valor em sua economia atraente e benefícios de sustentabilidade”, disse Dave Calhoun, CEO da Boeing, em mensagem aos funcionários.

O Boeing 787: à espera da aprovação pela FAA (Mika Stetsovski)

Receio de cancelamentos de pedidos

Apesar do otimismo do chefão da empresa, analistas de mercado temem que os clientes do 777X possam desistir de suas encomendas já que o atraso dispensaria a necessidade de pagamento de multas contratuais.

Ao menos a Emirates Airline, uma das lançadoras do modelo, afirmou que mantém o interesse no 777X enquanto colocou em dúvida sua encomenda de jatos Dreamliner.

Em outras frentes, a Boeing mostrou-se mais esperançosa. A família 737 MAX, por exemplo, tem expandido as entregas, que chegaram 34 aeronaves em março. Calhoun confirmou a intenção de atingir um rimto de produção de 31 jatos a partir do segundo trimestre.

Já em relação ao 787 Dreamliner, que teve as entregas suspensas desde julho de 2021, a empresa afirmou ter submetido o plano de certificação à FAA. “O retrabalho foi concluído nos aviões iniciais e a empresa continua trabalhando em estreita colaboração com a FAA para a viabilizar a retomada das entregas”, disse a Boeing, sem fornecer qualquer prazo para isso ocorrer.

 

 

 

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