Cargueiro Airbus A350F vai atrasar mais um ano

Aeronave capaz de transportar até 111 toneladas de carga tem previsão de entrada em serviço em 2026, mas problemas com fornecedores esticaram prazo, segundo fontes
Airbus A350F (Divulgação)
Airbus A350F (Divulgação)

A Airbus terá de atrasar a entrada em serviço do cargueiro A350F em até um ano devido a problemas com a linha de montagem do widebody, apurou a Reuters.

Fontes ouvidas pela agência de notícias afirmaram que a fabricante deverá divulgar um novo cronograma para o programa nesta quinta-feira, 20, durante coletiva de resultados de 2024.

O A350F foi lançado em novembro de 2021 aproveitando novas regulações da OACI para missões de poluentes que entrarão em vigor em 2027 e proibirão a produção de jatos como os Boeing 767F e 777F.

A “porta de carga mais larga do mundo”

Mais eficiente e capaz, o A350F poderá levar 111 toneladas em distâncias de até 8.700 km. Ele terá como rival o Boeing 777-8F, mas que está com o cronograma bem atrasado.

A Airbus pretendia colocar o novo cargueiro em serviço em 2025, antes mesmo de as novas regras entrarem em vigor. Em 2023, a empresa reconheceu que a meta havia mudado para 2026 e, com o novo atraso, isso deverá ocorrer entre 2027 e 2028.

Spirit Aerosystems não dá conta do recado

Segundo a Reuters, uma das razões para o novo cronograma envolve a produção de aeroestruturas pela combalida Spirit AeroSystems, dos EUA, que fornece várias peças do A350.

Por conta disso, a Airbus não tem conseguido ampliar a produção da aeronave, que viu as entregas caírem em 2024 após um leve crescimento no ano anterior.

Seção de fuselagem de um A350 produzida pela Spirit (Spirit Aerosystems)

No ano passado, apenas 57 A350-900 e A350-1000 foram entregues. A Airbus tinha em janeiro 719 aeronaves pendentes de entrega, incluindo 63 A350F.

A meta da fabricante sediada em Toulouse, França, é chegar a uma taxa mensal de 12 A350 produzidos até 2028.

A Spirit está sendo readquirida pela Boeing, de onde se separou anos atrás, mas parte das instalações deverão ser assumidas pela Airbus.

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