China testou novo drone militar, mas ninguém viu ele voando

Modelo WJ-700 Falcon é projetado para operações de longo alcance de reconhecimento e ataque
Drone militar chinês WJ-700
Drone militar chinês WJ-700

A Corporação da Indústria e Ciência Aeroespacial da China (CASIC) alega ter realizado o primeiro teste com o novo drone militar WJ-700 “Lieying”. De acordo com a agência de notícias estatal Xinhua, o voo inaugural do aparelho foi realizado na madrugada de 11 de janeiro, em um local não revelado. Os chineses ainda não divulgaram imagens da aeronave voando.

O WJ-700 é um veículo aéreo não tripulado de longo alcance concebido para operar em média e alta altitude e capaz de servir como plataforma de reconhecimento, vigilância e alerta antecipado. O drone também pode executar missões de guerra eletrônica e ataque, se valendo de uma variada carga de sensores e armamentos de alta precisão, segundo informações preliminares do fabricante.

O aparelho foi fabricado pela Hiwing, uma subsidiária da CASIC. O modelo foi apresentado pela primeira vez em 2018 no Zhuhai Airshow, uma dos maiores feiras de aviação da Ásia e o principal palco de lançamento de novas aeronaves chinesas civis e militares.

Características exatas e a performance do WJ-700 não foram divulgadas pelo fabricante. No entanto, relatórios anteriores sugerem que aeronave não tripulada chinesa tem um peso máximo de decolagem em torno de 3.500 kg e autonomia de até 20 horas de voo. O aparelho suspostamente também apresenta capacidades stealth (“invisível” aos radares).

No Ocidente, um drone militar com características semelhantes às do aparelho chinês é o Avenger, produzido nos EUA pela General Atomics, que voou pela primeira vez em 2009.

A estreia do WJ-700, contudo, ainda deve demorar. Segundo a agência chinesa, a aeronave deve entrar em serviço nos próximos cinco a 10 anos. A Xinhua ainda informou que o modelo é destinado aos mercados doméstico e internacional.

“O sucesso do voo inaugural proporcionará um importante suporte para a inovação e desenvolvimento de equipamentos não tripulados da China”, disseram fontes da CASIC citadas pela agência.

Veja mais: Embraer pode entrar no ramo de drones militares

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