Embraer prevê demanda de 240 novos jatos na África

Fabricante brasileira afirma que segmento de aeronaves de 70 a 130 assentos no continente africano vai crescer mais de 100% em 20 anos
A Kenya Airways é dos clientes da Embraer na África (Divulgação)
A Kenya Airways é dos clientes da Embraer na África (Divulgação)
A Kenya Airways é dos clientes da Embraer na África (Divulgação)
A Kenya Airways é dos clientes da Embraer na África (Divulgação)

A Embraer está de olho na África. A fabricante brasileira divulgou nesta quinta-feira (28) suas perspectivas de mercado para o continente africano, durante o Marrakech Air Show, em Marrocos. Segundo pesquisa da empresa, serão entregues na região 240 novos jatos no segmento de 70 a 130 assentos, categoria dos Embraer E-Jets, ao longo dos próximos 20 anos.

De acordo com a previsão da Embraer, a frota de jatos de aeronaves desse segmento em serviço na África crescerá das atuais 120 unidades para 260 até 2034.

“Os africanos estão se voltando progressivamente para o transporte aéreo. Assim como na Ásia, a expansão econômica, a crescente classe média urbana, a contínua liberalização do mercado e a integração regional serão os principais fatores a impulsionar a procura por transporte aéreo”, explica Simon Newitt, vice-presidente da Embraer Aviação Comercial para a América Latina, África e Portugal. “Com aeronaves de tamanho correto, como a família de E-Jets, as empresas africanas seriam capazes de oferecer uma melhor combinação de capacidade e frequência nos mercados principais, bem como nos mercados de baixa e média densidade”, completou.

De acordo com o estudo da Embraer, ainda existem muitas oportunidades de conectividade dentro da África, embora o tráfego permaneça concentrado nas grandes cidades. Dos mais de 300 aeroportos operacionais na região em 2015, apenas oito conectam 25 ou mais cidades, enquanto 240 ligam apenas cinco ou menos cidades.

Cerca de 90% das rotas têm volumes de tráfego de até 300 passageiros diários, no entanto, a atual frota é composta por aviões de grande capacidade – cerca de 70% dos jatos de corredor único têm mais de 130 assentos. Quase 55% dos mercados intra-regionais não têm voos diretos e 67% de todos os mercados diretos da região são servidos com menos de uma frequência diária.

Ao mesmo tempo, o estudo da Embraer também revela que 83% de todos os voos dentro do continente decolam com menos de 120 passageiros. Ou seja, os aviões não voam com todos os assentos ocupados, situação que reduz os rendimentos das companhias locais.

Embraer na África

A Embraer detém mais de 40% de participação de mercado no segmento de jatos até 130 assentos na África. Aproximadamente 40 modelos da família E-Jets estão atualmente em operação com seis empresas de seis países na região.

No total, há mais de 120 aviões da Embraer, entre turboélices e jatos, voando na África com quase 40 companhias aéreas diferentes. Estas aeronaves voam com empresas como Royal Air Maroc (Marrocos), Egyptair Express (Egito), Airlink e a Kenya Airways (Quênia).

Veja mais: Os céus mais congestionados do Brasil

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