EUA teriam proibido venda de mais componentes críticos aos jatos chineses da COMAC
Fornecedores como Honeywell e RTX Collins também estariam proibidas de enviar peças para as aeronaves C909 e C919

Os programas de jatos comerciais C909 e C919, da chinesa COMAC, estariam seriamente afetados pela suspensão das licenças de exportação de componentes fabricados por empresas dos EUA.
A determinação do Departamento de Comércio dos EUA foi revelada pelo jornal The New York Times no final de maio, mas citando apenas o motor Leap-1C, usado no C919 e fabricado pela CFM, um joint venture entre a francesa Safran e a GE.
Airway, no entanto, entendeu na época que o banimento também poderia incluir o motor CF34, que propulsiona o jato regional C909 (antigo ARJ21) e é fabricado pela GE.
Reportagem do site The Air Current de 6 de junho confirmou a inclusão do motor CF34 e outros fornecedores como Honeywell e RTX (Collins).

A proibição tem um impacto severo na produção das duas aeronaves, que foram desenvolvidas em parceria com várias empresas ocidentais.
A Honeywell é responsável pelo sistema elétrico, APU e trem de pouso do do C909 enquanto a Collins fornece o radar meteorológico e outros aviônicos.
Há outros fornecedores dos EUA envolvidos como a Parker Aerospace e a Arconic.

Grande carteira de pedidos
Mesmo que substitua esses itens, a COMAC terá de realizar ensaios estáticos e de voo para obter uma certificação adicional, o que poderia atrasar a produção em muito tempo.
A fabricante estatal chinesa sediada em Pudong, em Xangai, tem uma carteira de pedidos enorme graças à determinação do governo Xi Jinping de compor a frota das companhias aéreas do país com aviões indígenas.
O plano vai além do C909 e do C919 e inclui um widebody da classe do Boeing 787, o C929, originalmente desenvolvido em parceria com a Rússia e hoje um programa 100% chinês.