Força Aérea Brasileira vai retirar de operação seus helicópteros russos Mil Mi-35
Documento do Comando da Aeronáutica publicado nesta quinta-feira (10) estabelece a desativação das 12 aeronaves AH-2 Sabre, recebidas em 2010 e que estão baseadas na Amazônia

A Força Aérea Brasileira (FAB) teria decidido desativar seus 12 helicópteros de ataque AH-2 Sabre, nome dado ao modelo Mi-35, fornecido pela empresa russa Mil a partir de 2010.
Um documento interno da Aeronáutica publicado nesta quinta-feira (10) estabelece que as aeronaves serão retiradas de operação a partir do dia 1º de março num processo gradativo previsto para ser encerrado no dia 31 de dezembro.
Atualmente, os 12 helicópteros Sabre, únicos que a FAB possui que foram projetados como aeronaves de ataque, estão baseados em Porto Velho, como parte do esquadrão Poti.

Manutenção difícil
Os helicópteros Mi-35 são uma versão atualizada do Mi-24, famoso durante a Guerra Fria. Além de possuírem armamento para ataque ao solo que inclui um canhão de 23 mm e cabides para lança-foguetes e outros armamentos, o modelo é capaz de transportar soldados em sua cabine, numa configuração exótica.
A Força Aérea adquiriu o lote de 12 helicópteros em 2008 por US$ 386 milhões, mas os primeiros três Mi-35 só chegaram ao país em 2010 enquanto os últimos foram entregues apenas em 2015.
Desde então, há relatos não confirmados de que os Sabre são aeronaves de manutenção difícil, por conta de falta de peças de reposição, o que faz com que tenham baixa disponibilidade.

Não se sabe qual será o destino dos helicópteros, que possuem uma quantidade de horas voadas relativamente baixa.
Há dois anos, uma publicação francesa afirmou que o governo brasileiro havia negociado a venda dos 12 Mi-35 para o Exército Nacional Líbio, num acordo feito por intermédio dos Emirados Árabes Unidos.
Na época, o atual Comandante da Aeronáutica, Brigadeiro Baptista Junior, então responsável pela logística na FAB, negou os rumores.