Força Aérea dos EUA deverá dispensar turboélices Super Tucano, da Embraer

Com escolha da versão militar do avião agrícola AT-802 para o programa Armed Overwatch, tanto o A-29 quanto seu rival AT-6 deverão ser repassados para forças aéreas aliadas

Super Tucanos da Força Aérea dos EUA
Super Tucanos da Força Aérea dos EUA (SNC)

A Força Aérea dos EUA (USAF) deve encerrar os ensaios com três turboélices A-29 Super Tucano e dois AT-6C Wolverine que foram adquiridos há pouco tempo para demonstrações em missões de ataque leve.

Segundo afirmou Edward Stanhouse, vice-diretor executivo do programa de inteligência, vigilância, reconhecimento e forças de operações especiais dos EUA, as aeronaves serão declaradas como “artigos de defesa em excesso” e repassadas para países parceiros.

Os dois turboélices foram cogitados pela USAF em 2009 para formarem uma frota de aeronaves de apoio aéreo aproximado e ataque leve dentro do programa Light Attack/Armed Reconnaissance (LAAR).

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Após cortes no orçamento, a Força Aérea relançou um novo programa, o Light Attack Experiment, em 2017 e para isso adquiriu alguns aviões da Textron e da Sierra Nevada (parceira da Embraer).

As aeronaves “foram usadas ​​para demonstrações de prova de conceito tanto pelo SOCOM quanto pelo Comando de Combate Aéreo”, disse Stanhouse durante conferência recente.

O AT-6 Wolverine (Textron)

Venda Militar Externa

Com a escolha do AT-802U Sky Warden, um avião de ataque agrícola convertido para operações ISR (Intelligence, Surveillance, and Reconnaissance), pelo Special Operations Command (SOCOM), no programa Armed Overwatch, manter os A-29 e AT-6 teria perdido qualquer sentido.

A tendência é que os três A-29 e os dois AT-6 sejam transferidos por meio do processo de Venda Militar Externa (sigla FMS em inglês), que autoriza o fornecimento de armamentos para nações aliadas dos Estados Unidos.

Ambos já são operados por forças aéreas estrangeiras como a Nigéria no caso do Super Tucano e a Tunísia, que teve autorização para receber quatro AT-6C em 2020.