Futuro substituto do 737 pode ter asas ultralongas com suportes, diz Boeing

Conceito de “Asa Treliçada Transônica” será estudado pela fabricante em conjunto com a NASA como solução para reduzir consumo de combustível em até 30%
Conceito de aeronave com asa treliçada transônica promete reduzir o consumo de combustível de aviões de um corredor (Boeing)

A Boeing aposta no conceito “Transonic Truss-Braced Wing” (Asa Treliçada Transônica) para projetar o futuro substituto do 737, admitiu David Calhoun, executivo-chefe da fabricante dos EUA.

A NASA contratou na semana passada a Boeing para desenvolver um demonstrador da tecnologia, que consiste em asas super longas e finas, sustentadas por treliças diagonais.

O layout promete aprimorar a eficiência de uma aeronave de corredor único em até 30%, combinado com motores de alta razão de derivação.

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“Eu não estou certo que será bom o suficiente ou aplicável para widebodies, mas definitivamente terá um papel a desempenhar algum dia no mundo dos narrowbodies”, disse Calhoun nesta quarta-feira, em conferência sobre os resultados do 4º trimestre de 2022.

O CEO da Boeing também citou outras duas áreas de avanço que terão um papel no projeto do futuro avião comercial, as ferramentas digitais, que não só ajudarão no desenvolvimento da aeronave, mas também na linha de montagem e nos serviços de manutenção e suporte, e motores de maior diâmetro, capazes de reduzir emissões e consumo de combustível.

“A tecnologia Truss-Braced Wing criará a oportunidade para motores mais largos por conta da distância maior do solo”, acrescentou Calhoun.

Modelo em escala do conceito Transonic Truss-Braced Wing em testes de túnel de vento; Boeing e NASA trabalham no projeto desde 2017 (NASA)

Asas altas e extralongas

A configuração proposta pelo conceito TBW pretende reduzir drasticamente o arrasto da aeronave, resultando em menor queima de combustível.

Para permitir esse layout, no entanto, o avião possui asas altas, como em cargueiros militares. Embora leves, essas asas precisam ser suportadas por escoras diagonais, como em antigos aviões.

Como disse o CEO da Boeing, graças às asas elevadas há espaço para turbofans de alta razão de derivação, um dos problemas enfrentados pelo 737, cuja pequena distância do solo dificulta a adoção de motores mais largos.

Não está claro, no entanto, como a Boeing lidaria com a grande envergadura da aeronave, que exigiria mudanças em aeroportos. Possivelmente, seria precisa criar engrenagens de recolhimento das pontas como as que equipam o 777X, assim evitando problemas com pistas de táxi e posições de estacionamento nos terminais.

A NASA e a Boeing vêem a tecnologia como capaz de ser introduzida na próxima década.

Boeing 737 MAX: jato chegou no limite do desenvolvimento (Jeroen Stroes Aviation Photography)
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  1. O problema é que essas asas não caberiam em nenhum aeroporto precisaria de espaço de 2 aviões nos fingers então não vai sair do papel!!

  2. Certeza que a médio longo prazo isso vai acontecer…pq no pé em que os custos aumentam as companhias aéreas não podem lucrar como precisam…portanto a corrida para otimizar gastos é sempre um alvo a ser perseguido

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