Jato Embraer E190-E2 voa para os EUA e deixa Palmeiras sem transporte próprio por dois jogos seguidos

Aeronave comprada pela presidente do clube paulista e que voa pela Placar Linhas Aéreas estava conseguindo atender as necessidades do time de futebol até o dia 25 de outubro, quando deixou país

O E190-E2 da Placar Linhas Aéreas
O primeiro E190-E2 da Placar Linhas Aéreas (Divulgação)

O Palmeiras tem conseguido fazer uso de seu jato comercial E190-E2 adquirido pela empresa da presidente do clube, Leila Pereira. Desde que estreou em 4 de agosto, a aeronave transportou o time de futebol em 11 dos 12 voos que o levaram a compromissos fora do estado de São Paulo.

A exceção ocorreu apenas no final de agosto quando um problema técnico impediu que a aeronave da Embraer voltasse da Colômbia após o Palmeiras ter jogado contra o Pereira pela Copa Libertadores.

Desde então, todos os jogos que justificaram o deslocamento aéreo foram feitos pelo E190-E2 de matrícula PS-LMP e que antes voou brevemente na Noruega e passou um bom tempo como avião de demonstração da Embraer.

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No entanto, em 25 de outubro, três dias depois de retornar de Curitiba com a equipe, o jato de 114 lugares partiu do Brasil com destino aos Estados Unidos. A aeronave decolou de Sorocaba (SP), onde fica baseada, com destino ao Aeroporto Regional Middle Georgia, em Macon, no estado da Geórgia.

No local funciona um centro de MRO (manutenção, reparos e revisão na sigla em inglês) de propriedade da Embraer, uma das três instalações do tipo mantidas pela fabricante brasileira no país. Não por acaso, os EUA são o maior mercado de E-Jets do mundo, família à qual pertence o E190-E2 usado pelo Palmeiras.

Palmeiras não tem mundial, mas é o único time do Brasil que tem avião (Embraer)

Sem previsão de retorno ao Brasil

Registros de rastreamento de voos não revelavam novos voos do PS-LMP desde 26 de outubro, quando chegou à Macon. Por conta disso, o clube precisou utilizar serviços de terceiros para viajar duas vezes ao Rio de Janeiro. O Palmeiras jogou contra o Botafogo em 1º de novembro e nesta quarta-feira (8) contra o Flamengo, ambos pelo Campeonato Brasileiro.

A despeito da indisponibilidade da aeronave, é cedo para considerar o negócio feito pela presidente do Palmeiras (e que é dona da aeroanve) como um investimento equivocado, como algumas mídias sugeriram. Ao jornal O Estado de São Paulo, o clube afirmou não saber quando o E190-E2 voltará ao Brasil.

Leila Pereira, dona do Grupo Crefisa e Presidente do Palmeiras (Embraer)

Antes de ser entregue à Placar, a aeronave passou por revisões e adaptações em Portugal, também em instalações da Embraer. Vale lembrar que o E190-E2 completará cinco anos desde seu primeiro voo, em fevereiro de 2019, e é natural que tenha que fazer alguns serviços de manutenção de tempos em tempos.

A empresária, dona de negócios como a Crefisa, aguarda a concessão do Certificado de Operador Aéreo (AOC) pela ANAC, a fim de prestar serviços de fretamento para outros times de futebol.