Juiz bloqueia fusão entre as companhias aéreas JetBlue e Spirit nos EUA

Magistrado William Young justificou decisão como um ato de defesa de passageiros que dependem das tarifas acessíveis da Spirit Airlines

JetBlue e Spirit
JetBlue e Spirit

Um juiz federal bloqueou o acordo de aquisição da Spirit Airlines pela JetBlue nesta terça-feira, 16 de janeiro, seguindo o entendimento do Departamento de Justiça dos EUA de que o negócio é nocivo para a concorrência no transporte aéreo.

O juiz William Young afirmou que a JetBlue pretende converter os aviões da Spirit para o layout da JetBlue, elevando os valores das tarifas.

Na decisão, o magistrado afirmou que “A eliminação do Spirit prejudicaria os viajantes preocupados com os custos que dependem das tarifas baixas do Spirit”.

O valor das ações da Spirit na Bolsa de Valores caiu pela metade enquanto as da JetBlue perdiam 9% nesta quarta-feira.

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O acordo de compra foi fechado em julho de 2022 pelo valor de US$ 3,8 bilhões após meses em que a Spirit foi assediada pela JetBlue enquanto buscava aprovar uma fusão com a Frontier Airlines.

A união das duas empresas poderá criar a 5ª maior companhia aérea dos EUA, atrás apenas da Delta, American, United e Southwest.

O primeiro A320 americano será entregue a companhia Spirit Airlines (Airbus)
A Spirit tAirlines havia se comprometido a uma fusão com a Frontier Airlines, mas a JetBlue ofereceu um valor maior (Airbus)

O Departamento de Justiça na administração do presidente Joe Biden, no entanto, se posicionou contra o negócio por ver nele uma potencial redução no número de voos e a prática de preços mais elevados para os consumidores.

Somadas, as duas companhias aéreas possuem uma frota de quase 500 aeronaves, a grande maioria de jatos da Airbus.

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Em comunicado, a JetBlue e a Spirit afirmaram que “continuam a acreditar que a nossa combinação é a melhor oportunidade para aumentar a tão necessária concorrência, trazendo tarifas baixas e um excelente serviço a mais clientes em mais mercados, ao mesmo tempo que aumentamos a nossa capacidade de competir com as companhias aéreas dominantes nos EUA.”