Marinha dos EUA recebe o primeiro Osprey destinado aos porta-aviões nucleares

Aeronave de rotores basculantes CMV-22B substituirá o turbélice C-2 Greyhound na função de suporte logístico
O primeiro CMV-22B Osprey operacional da Marinha dos EUA (Boeing)
O primeiro CMV-22B Osprey operacional da Marinha dos EUA (Boeing)

A Marinha dos EUA recebeu na segunda-feira, 22, o primeiro Osprey de suporte logístico CMV-22B. A aeronave tilt-rotor (rotores basculantes), que já opera nas forças armadas do país em várias funções, agora assumirá um novo papel no lugar do turboélice C-2 Greyhound como transporte de pessoal e mantimentos a bordo dos porta-aviões nucleares americanos.

O primeiro CMV-22B integrará o esquadrão VRM-30, criado para fazer a transição do Greyhound para o Osprey e que está baseado na Estação Aérea Naval de North Island, em San Diego, Califórnia. Uma segunda base no leste dos EUA (Norfolk) também servirá para treinamento dos pilotos da frota de navios do Atlântico.

“Esta primeira entrega de frota marca um novo capítulo do programa V-22, oferecendo recursos aprimorados e maior flexibilidade para a US Navy durante a realização de importantes missões operacionais em todo o mundo”, disse Shane Openshaw, vice-presidente do programa da aeonave, da equipe da Bell Boeing.

A Marinha dos EUA espera contar agora com uma aeronave mais versátil e capaz, isso porque o CMV-22B pode transportar mais de 2,7 toneladas a uma distância de 1.850 km e realizar operações de pouso e decolagens verticais.

A Bell Boeing, parceria que desenvolveu o Osprey, já entregou três aeronaves para a Marinha, mas que estão sendo utilizadas em testes de desenvolvimento. No total, o governo americano pretende encomendar 44 unidades da aeronave tilt-rotor.

O tilt-rotor CMV-22B fará o suporte logístico dos porta-aviões dos EUA (USN)

Conceito já antigo

O Osprey é atualmente a única aeronave de rotores basculantes do mundo em operação, mas o conceito é bastante antigo e testado em outros protótipos ao longo de várias décadas. Ele consiste em motores ou hélices pivotadas que giram cerca de 90º, da posição vertical, para decolagens e pousos, a horizontal, para voo de cruzeiro.

A vantagem é eliminar a necessidade de um rotor anti-torque e ao mesmo tempo conseguir um desempenho semelhante ao de um avião de asa fixa. Mas a Bell e a Boeing passaram por muitos problemas para fazer do V-22 uma aeronave capaz de cumprir suas missões.

Foram oito anos entre o primeiro voo, em 1989, e a entrada em serviço pelos Fuzileiros dos EUA. Atualmente, a frota de aeronaves já soma 400 unidades e está presente em todas as forças armadas americanas.

O turboélice C-2A(R) Greyhound: aposentadoria até 2024 (USN)

Veja também: Marinha dos EUA recebe os primeiros Boeing F/A-18 Super Hornet Block III

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