Northrop Grumman pode ser parceira da Embraer no KC-390 para os EUA
Companhia aeroespacial e de defesa está em conversas iniciais com fabricante brasileira, disse executivo

A Northrop Grumman pode ser a nova parceira da Embraer nos esforços para buscar um acordo de venda do KC-390 Millennium às forças armadas dos EUA.
A afirmação partiu de Bosco da Costa Junior, CEO da divisão de Defesa & Segurança da emrpesa brasileira, em entrevista à Flight Global.
Segundo ele, as duas empresas estão discutindo uma parceria em potencial, mas que ainda está num “estágio inicial”.
Uma grandes corporações de defesa e espaço dos EUA, a Northrop Grumman está por trás de projetos avançados como o bombardeiro furtivo de 6ª geração B-21 Raider, da Força Aérea.

Embora não tenha uma aeronave de transporte e reabastecimento aéreo, a Northrop já atuou como parceira da Airbus na proposta KC-45, que visava oferecer o A330 MRTT para o programa KC-X, da USAF.
As duas foram bem sucedidas inicialmente, vencendo a disputa, mas uma ação na Justica movida pela Boeing anulou o resultado. Mais tarde, a própria Boeing acabou levando o contrato com o KC-46.
Agile Tanker
A Embraer, por seu lado, está em busca de uma nova joint venture nos EUA desde que a parceria inicial com a L3 Harris foi abandonada no final do ano passado por diferenças de prioridade.

Elas haviam apresentado em 2022 o “Agile Tanker”, uma proposta de um avião-tanque baseado no KC-390 com lança rígida e capacidade secundária de transporte.
Apesar disso, a Embraer não desistiu e recentemente realizou um grande tour do KC-390 nos Estados Unidos, passando por Nevada, Flórida e Washinton (DC).
A empresa sabe que qualquer contrato com o Pentágono irá requerer que a aeronave seja produzido em solo norte-americano e que ela disponha de grande quantidade de conteúdo local.

A Embraer já afirmou que terá uma linha de montagem no país se conseguir um contrato e que o KC-390 possui grande parcela de componentes fabricados nos EUA.
Esbarra nas ambições da fabricante, no entanto, os planos em constante mutação pela Força Aérea, que avalia responder a um teatro de guerra diferente trazido pelas lições da guerra na Ucrânia e uso massivo de drones.