Outro porta-aviões dos EUA vendido por um centavo se prepara para virar sucata

Ex-porta aviões USS John F. Kennedy (CV 67), aposentado em 2007, iniciou sua última viagem até o Texas, onde será desmanchado
O ex-USS John F. Kennedy (CV 67) quando estava na ativa
O ex-USS John F. Kennedy (CV 67) quando estava na ativa (USN)

Último porta-aviões da Marinha dos EUA com propulsão convencional, o USS John F. Kennedy (CV 67) está a caminho do desmonte.

A embarcação, que estava em um estaleiro naval da Marinha desde agosto de 2007, iniciou sua viagem final até Bronsville, no Texas, nesta quinta-feira, 16.

Batizado em homenagem ao presidente democrata, assassinado em 1963, o USS John F. Kennedy foi comissionado em setembro de 1968 e marcou o fim dos porta-aviões movidos a turbinas a gás, substituídos pela energia nuclear a partir do USS Enterprise (CVN-65).

O USS John F. Kennedy ficou ancorado por quase 18 anos em um estaleiro da Marinha dos EUA (Peter Miller)

Embora faça parte da classe Kitty Hawk, o CV 67 recebeu várias modificações a ponto de ser considerado uma sub-classe de porta-aviões.

Em seus quase 40 anos em serviço, o porta-aviões percorreu todos os oceanos e mares realizando centenas de missões, incluindo momentos de tensão no Oriente Médio e Norte da África.

Após o ataque terrorista em setembro de 2001, o USS John F. Kennedy realizou o patrulhamento aéreo ao longo da Costa Leste dos EUA como parte da Operação Noble Eagle.

O porta-aviões navegando no Rio Hudson, em Nova York (USN)

No ano seguinte, o CV 67 navegou até o Oriente Médio para apoiar as operações Anaconda e Enduring Freedom, além de participar da operação Iraq Freedom em julho de 2004.

“O ex-John F. Kennedy sempre será lembrado como um símbolo de liberdade duradoura e um farol de esperança e paz durante os tempos difíceis em nossa nação”, disse o Contra-Almirante Bill Greene, Diretor de Manutenção, Modernização e Sustentação de Navios de Superfície.

O USS John F. Kennedy serviu de 1968 a 2007 (USN)

Vendido por apenas um centavo de dólar

O USS John F. Kennedy e o USS Kitty Hawk (CV 63) foram vendidos pela Marinha em outubro de 2021 para um estaleiro privado por um centavo de dólar cada. O valor simbólico se explica pelos custos elevados para rebocá-los até o local de desmonte, onde a empresa lucrará com parte do material.

Ao contrário do Kitty Hawk, que teve que contornar a América do Sul e passou por Salvador, na Bahia, em 2022, o John F. Kennedy fará uma viagem rápida por já estar no Oceano Atlântico.

O destino, ao menos, será mais digno que o porta-aviões São Paulo, da Marinha do Brasil, que foi afundado próximo da costa de Pernambuco após uma longa polêmica.

O casco do ex-porta-aviões São Paulo foi afundado pela prória Marinha do Brasil (MSK)

6 comments
  1. se a paz entre os humanos nada disso seria necess,mas a ambição de apropriar desse planeta que não tem dono é de todos,mas a ganância o ser julgar mais o outro,vai juntar td pra no final nada levar

  2. O BRASIL DEVIA TÊ-LO COMPRADO. VERGONHA PARA ESSE PAÍS. JÁ TEVE DOIS E AGORA NÃO TEM NENHUM. O QUE TINHA,TEVE QUE SER AFUNDADO POR ESTAR OBSOLETO E COMPOSTO DE ASBESTO, MATERIAL CANCERÍGENO. NEM PARA UM ESTALEIRO PARA DESMANCHE CONSEGUIRAM LEVAR. SERÁ QUE TEM ESTALEIRO PARA DESMANCHE NESSE PAÍS?

  3. Não entendi como um porta aviões ir pra desmanche é um destino “mais digno” do que ser deliberadamente afundado; se a marinha do Brasil agiu assim foi pq não houve interessados pra adquirir o PA São Paulo pra ir pra desmanche.

  4. La há empresas que desmancham navios aposentados, de todos os tipos e sem provocar poluição ambiental, quando não viram museus flutuantes… no Brasil afundam no Atlântico depois de muita polêmica e vai e vem de empresas ditas ecologicamente corretas que “não provocarem poluição ambiental”…….

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