Parado há seis anos, porta-aviões da Rússia pode voltar ao serviço em 2024

Porta-aviões Almirante Kuznetsov da Marinha da Rússia passa por um processo de reforma e modernização para continuar navegando por mais 20 anos
O porta-aviões Almirante Kuznetsov comporta até 30 aeronaves, entre caças e helicópteros navais (Mil.ru)

Único porta-aviões da Marinha da Rússia, o Almirante Kuznetsov pode voltar ao serviço ativo no final de 2024, de acordo com uma fonte oficial da indústria russa de construção naval ouvida pela agência estatal TASS. A embarcação que comporta cerca de 30 aeronaves está parada há seis anos.

A última atividade militar executada pelo Kuznetsov ocorreu em 2016, quando o barco participou de ações de suporte a tropas russas na Síria. Naquela ocasião, a embarcação apresentou uma série de problemas operacionais, o que motivou seu envio, em 2017, a um estaleiro em Murmansk para reparos e um processo de modernização.

O retorno do navio ao mar era esperado para o início de 2024, mas esse prazo foi adiado para o fim do próximo ano devido a “ajuste nos planos” de recuperação da embarcação, como relatou a fonte não identificada. Apesar dessa atualização, o novo prazo ainda não é definitivo e pode sofrer alterações, segundo a agência de notícias russa.

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De acordo com a fonte consultada pela publicação, o início dos testes no mar com o porta-aviões reformado está programado para o segundo trimestre de 2024. “Se [o Almirante Kuznetsov] for testado sem falhas, ele poderá ser transferido para a Marinha no final de 2024. Se algo der errado durante os ensaios, o processo será inevitavelmente adiado para 2025.”

Porta-aviões da Marinha em manutenção numa doca seca em Murmansk (Divulgação)

A agência russa informou que o processo de modernização pode estender a vida útil do porta-aviões em mais 20 anos. A embarcação receberá atualizações nos sistemas eletrônicos de guerra, comunicação, propulsão e combate.

O Almirante Kuznetsov é um dos últimos legados navais da antiga União Soviética herdado pela Rússia. A construção começou em 1982 e o navio foi comissionado em janeiro de 1991, meses antes do colapso do bloco comunista. Naquele mesmo ano, a Ucrânia, já independente da URSS, reivindicou a posse do barco, que ficava estacionado na base naval de Sevastopol, na península da Crimeia – território que posteriormente foi tomado por Moscou.

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  1. Esse porta-aviões russo compete com o São Paulo para ver qual era mais problemático. Se falhar nos testes ganha de lavada, pois os russos insistiram em modernizar essa porcaria, enquanto nossa marinha desistiu do nosso. Pelo menos o descarte vai ser sem polêmicas, já que lá na Rússia por mais tóxico e poluente que seja, é proibido reclamar.

  2. Se essa tranqueira não der certo, existe um certo país ao sul do Equador que adora comprar essas sucatas por uma fortuna, e deixar décadas apodrecendo em alguma base.

  3. É como querer colocar um motor de Belina em um Chevette ,,,rodas de um Fusca em uma D20 e eletrônica de um Passat em uma Kombi. Se der certo rebatiza de Mad Max além da cúpula do trovão.

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