Por acesso à slots em Congonhas, Bradesco vê chance da Azul comprar a Passaredo

Passaredo pode adquirir 50% dos slots que eram usados pela Avianca em CGH, o que por sua vez pode despertar o interesse da Azul em comprar a empresa concorrente
A Passaredo opera atualmente nove turbo-hélices ATR 72 (Divulgação)
A Passaredo é a mais nova pleiteante de slots de Congonhas (Divulgação)
A Passaredo opera atualmente nove turbo-hélices ATR 72 (Divulgação)
A Passaredo opera atualmente com cinco turbo-hélice ATR 72, aeronave também usada pela Azul

A disputa pelos slots que eram usados pela Avianca Brasil no aeroporto de Congonhas levou o banco de investimento Bradesco BBI a especular sobre a possibilidade da Azul comprar a Passaredo.

Segundo o relatório publicado pela instituição financeira nesta segunda-feira (15), a Passaredo pode ser beneficiada no processo de redistribuição dos horários de pouso e decolagem da Avianca em Congonhas, o que por sua vez pode gerar o interesse da Azul em adquirir a companhia rival – o banco estipulou o valor da Passaredo em US$ 93 milhões.

Uma mudança nas regras de distribuição de slots no principal aeroporto de São Paulo, solicitada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), classifica a Passaredo como uma “nova entrante” em Congonhas. De acordo com a regra, a empresa pode adquirir 50% das 41 permissões que antes usadas pela Avianca no aeroporto paulistano.

Se a Passaredo conseguir adquirir parte dos slots da Avianca em Congonhas, a Azul poderia comprar a empresa e aumentar sua participação do terminal paulistano de 5% para 10%, além de ter acesso a ponte aérea Rio-São Paulo, hoje o trecho mais movimentado do Brasil. Atualmente, quase 90% das permissões no aeroporto de São Paulo estão nas mãos da Gol e Latam.

Em recuperação judicial desde o final de 2018, a Avianca Brasil realizou um leilão de seus ativos na última semana, no qual as companhias Gol e Latam arremataram a maioria dos lotes, sendo a maioria deles compostos por slots nos aeroportos de Congonhas, Guarulhos e Santos Dumont. O resultado do pregão, porém, pode ser suspenso, uma vez que a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) não permite a comercialização de horários de pousos e decolagens.

Procuradas pelo Airway, a Azul e a Passaredo não comentaram sobre o assunto.

Veja mais: Airbus A380 estreia na Venezuela

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  1. Será que um dia teremos mais do que três empresas longevas ao mesmo tempo?

    Venha logo desregulamentação, venda aeroportos, autorização para construção de aeroportos privados.

    O Brasil está na década de 1950 em termos de estrutura.

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