Após vários adiamentos, a Força Aérea dos EUA (USAF) enviou o primeiro Farchild Republic A-10C Thunderbolt II para Davis Monthan, Arizona, onde será desmontado.
A aeronave de apoio aéreo aproximado, conhecida como “Warthog” (Javali), está em serviço desde 1977 e é venerada pelos pilotos, por suas características ímpares, como a resistente blindagem, sua versatilidade e sobretudo o poderoso canhão GAU-8A Avenger de 30 mm, que é capaz de destruir tanques blindados modernos.
O primeiro A-10C retirado de serviço leva a designação 80-149 e acumulou nada menos que 14.125 horas de voo em 43 anos. A aeronave partiu da Base Aérea de Moody, na Georgia, em direção ao deserto do Arizona em 5 de abril.
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Lá o jato terá as peças úteis retiradas para serem usadas em outros A-10 na ativa. Para seu lugar, o 74º Esquadrão de Caças receberá outro avião similar, que estava lotado na Guarda Aérea Nacional, em Fort Wayne, no estado Indiana. O esquadrão, no entanto, deverá no futuro operar caças de 5ª geração.
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“Isso é agridoce, é uma aeronave antiga e chega um momento em que cada um deles precisa ser aposentado”, disse o sargento Austin Bryne, chefe de equipe do esquadrão. “Eles ainda são capazes de combater, mas depois de tanto tempo, chegou a hora deles descansarem.”
Design heterodoxo
Desenvolvido nos anos 70 a partir do programa A-X, o A-10 venceu o Northrop A-9 para ser uma aeronave com imenso poder de fogo e capaz de atuar próximo ao campo de batalha, diante da experiência dos EUA na Guerra do Vietnã, onde usava o velho Douglas A-1 Skyraider.
Para chegar a esse desempenho, a Farchild projetou uma aeronave com um design heteredoxo, que era configurada com asas sem enflechamento e que abrigavam os trens de pouso parcialmente.
A cauda dupla está pouco atrás dos dois turbofans GE TF34, instalados em pilones como em um jato executivo.
Para proteger o piloto, há um “berço” de titânio e que também envolve o imenso canhão de 30 mm, que pode disparar até 1.350 projéteis.
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Até sua velocidade lenta pode ser considerada uma vantagem já que dá ele condições de passar mais tempo sobre seus alvos.
A Força Aérea recebeu mais de 700 A-10 até 1984, quando a produção foi encerrada e é operadora exclusiva do jato subsônico.
Entre 2011 e 2019, a USAF contratou a Boeing para substituir o conjunto de asas de 283 A-10 a fim de estender a vida útil até 2030. No entanto, já está definido que 18 desses admiráveis aviões deixarão a linha de frente durante 2023.
E pelo visto mais uma lenda vai ser aposentada