Rara regional dos EUA que operava ATR encerra operações
Silver Airways operava voos na Flórida, Caribe e Bahamas; passageiros foram orientados a não comparecer aos aeroportos
A Silver Airways, companhia aérea regional com sede na Flórida, anunciou o fim de suas operações em 11 de junho A decisão veio após o fracasso na tentativa de vender seus ativos durante o processo de recuperação judicial sob o Capítulo 11 da lei de falências dos Estados Unidos.
Em comunicado nas redes sociais e no site oficial, a empresa orientou os clientes a não se dirigirem aos aeroportos, já que todos os voos estavam cancelados. Passageiros afetados foram instruídos a solicitar reembolso por meio das administradoras de cartão de crédito ou agências de viagem.
A Silver Airways entrou com pedido de falência em dezembro de 2024, com o objetivo de reestruturar sua dívida e continuar operando. No entanto, o leilão judicial de ativos, realizado recentemente, não atraiu ofertas suficientes – o valor mínimo estimado era de US$ 5,7 milhões.
Sem comprador, a nova controladora optou por encerrar as atividades.
Com uma frota reduzida a apenas oito aviões ATR e cerca de 350 funcionários restantes (de um total de mais de 600 antes da crise), a empresa vinha enfrentando dificuldades há anos, agravadas pela queda no número de passageiros durante a pandemia e atrasos na entrega de novas aeronaves.
Rara operadora de turboélices regionais nos EUA
A Silver Airways foi fundada em 2010 e era uma das poucas companhias aéreas regionais dos EUA a apostar em turboélices de passageiros após a introdução de jatos de maior capacidade.
A companhia operava voos entre destinos regionais na Flórida, nas Bahamas e no Caribe, tendo inclusive um histórico de conexões com a América Latina por meio de sua subsidiária Seaborne Airlines, sediada em Porto Rico. Esta, por ora, continua operando normalmente.
A falência da Silver marca o fim de uma empresa que por anos foi peça-chave na aviação regional do sudeste dos EUA. O setor, cada vez mais concentrado, enfrenta alta nos custos operacionais, escassez de pilotos e forte concorrência de companhias de baixo custo.
