Sem rival Gol, Azul terá “ponte-aérea” Recife-Fernando de Noronha

Graças aos turboélices ATR 72-600 de sua frota, companhia aérea fará 16 voos diários para a ilha a partir de novembro, aproveitando a proibição de jatos utilizarem sua pista
ATR 72-600 da Azul (Foto - Azul)
ATR 72-600 da Azul (Foto – Azul)

A estratégia operacional de manter uma frota de aviões de um único modelo às vezes pode sair caro. É a situação que passa a Gol Linhas Aéreas em relação à oferta de voos para a ilha de Fernando de Noronha, cujo aeroporto não pode receber mais jatos como seus Boeing 737 até que o pavimento da pista seja recuperado.

Por conta disso, a Gol deixou de voar momentaneamente para o arquipélago a partir de Recife. Aproveitando a falta de concorrência, a Azul Linhas Aéreas decidiu estabelecer o que ela chamou de “Ponte Aérea Recife-Fernando de Noronha”, uma malha aérea com 16 voos diários que passará a vigorar em novembro.

Embora também voasse com jatos para a ilha, os modelos Embraer E195, a Azul possui uma grande frota de turboélices ATR 72 e que estão autorizados a operar no aeroporto de Fernando de Noronha. Como medida emergencial durante outubro, a empresa ampliou os voos para cinco frequências diárias em cada sentido, com uma oferta total de 700 assentos, que é menor do que a existente antes da proibição.

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Por isso em novembro os 16 voos diários elevarão a capacidade do trecho para 1.120 assentos e que já estão sendo vendidos nos sistemas de reserva da Azul.

Os voos partirão do Recife às 7h, 8h, 8h30, 9h10, 12h, 12h55, 13h30 e 14h enquanto o retorno da ilha ocorrerá às 10h20, 11h20, 11h50, 12h30, 15h20, 16h15, 16h50 e 17h20, lembrando que Fernando de Noronha tem fuso horário de 1 hora à frente de horário de Brasília. A viagem com o ATR 72-600, de 70 lugares, é mais demorada que com os jatos: em vez de uma hora, a ligação leva cerca de 1h40.

A exclusividade da Azul pode no entanto acabar caso a Gol chegue a um acordo operacional com sua parceira VoePass, que também possui aeronaves ATR.

A VoePass, parceira da Go, poderia suprir lacuna dexiada pelos Boeing 737 (Divulgação)

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  1. Muito pertinente o último parágrafo. A GOL fica sem oferta por que quer, já que a Passaredo há muito funciona como uma “Gol Connect”. Sabedores de como o Brasil é, não compreendo até hoje como só a Azul construiu uma frota condizente com as dificuldades estruturais deste país.

  2. @pedro, acredito que não podemos culpar as aéreas nesse caso, o erro principalmente foi dos gestores do aeroporto, é inadmissível essa situação.

  3. A VoePass não pode de imediato fazer a rota de Noronha , face uma série de procedimentos administrativos. Ademais, como nunca foi sua rota, não tem aeronaves suficientes.

  4. Um absurdo o valor do trecho Recife Noronha agora que esta exclusivo pela AZUL. Acabou com a viagem dos turistas. Colocaram tantos voos porque aumentar tanto os bilhetes…lamentável, vai impactar no turismo da Ilha.

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