Rival da brasileira Eve, Joby obtém certificado para iniciar voos nos EUA

Startup, no entanto, usará um monomotor Cirrus SR22 para “para refinar sistemas e procedimentos antes do lançamento do serviço eVTOL previsto para 2024”
O eVTOL da Joby Aviation é projetado para voar a até 320 km/h (Joby)

A corrida pelo mercado de táxi voadores teve um novo capítulo nesta quinta-feira, 26, quando a Joby Aviation anunciou ter obtido um certificado de transportadora aérea do tipo 135, concedido pela FAA, a agência de aviação civil dos EUA.

Na prática, a startup norte-americana está apta a operar voos de táxi aéreo sob demanda, mas com aeronaves convencionais. Por essa razão, a empresa afirmou que utilizará um monomotor Cirrus SR22 a fim de “refinar sistemas e procedimentos antes do lançamento do serviço eVTOL previsto para 2024”.

O certificado “Part 135” é um dos três necessários para que a Joby coloque em operação sua aeronave eVTOL. Os outros dois são o Certificado de Tipo desse modelo e o Certificado de Produção, que permite o funcionamento da linha de montagem.

Apesar do otimismo dos executivos da Joby, o caminho é longo e cheio de percalços. A FAA já admitiu que criará um novo procedimento de certificação para a Mobilidade Aérea Urbana, mas garantiu que essa mudança não atrasará o processo de análise desses projetos.

Cirrus SR22, aeronave que será usada para testes pela Joby (Cirrus)

Acidente em fevereiro

A Joby é uma das fabricantes de eVTOL mais adiantadas no momento. Sua aeronave, de seis rotores, será capaz de transportar quatro passageiros a uma distância de até 240 km e atingir 321 km/h de velocidade de cruzeiro. A empresa já voa protótipos do modelo, mas em fevereiro um deles sofreu um acidente durante um voo operado remotamente.

A aeronave elétrica da startup californiana é rival direta do Eve-100, o eVTOL desenvolvido pela Eve, iniciativa da Embraer nesse novo segmento. A subsidiária da fabricante brasileira, que acaba de lançar suas ações na Bolsa de Nova York, prevê estrear o serviço comercial em 2026.

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