Airbus teria batido Embraer em grande pedido para companhia aérea da Polônia

Primeira cliente dos E-Jets brasileiros, LOT deve encomendar o rival A220, segundo reportagem

E195-E2 vs A220
E195-E2 vs A220 (Bene Riobó/Markus Eigenheer)

Uma das maiores e mais longas concorrências por aeronaves de até 150 assentos pode ter sido vencida pela Airbus frente a Embraer.

A companhia aérea estatal LOT Polish Airlines teria escolhido o A220 em vez do E2, do qual é operadora inclusive. A afirmação partiu de fontes da Reuters na sexta-feira, 13.

A transportadora polonesa avalia uma encomenda de até 80 aeronaves de 100 a 150 assentos a fim de substituir sua frota regional de jatos e ampliar a presença na Europa e outros destinos de média distância.

O plano, no entanto, é bastante antigo e já cogitado desde 2021 pelo menos. Já houve, inclusive, reportagens apontando o A220 como vitorioso, mas que não resultaram em pedidos até hoje.

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O primeiro E195-E2 da LOT

A LOT, por outro lado, arrendou três E195-E2 que estavam na montagem final e eram destinados a outra companhia aérea.

As aeronaves estão em serviço desde julho do ano passado e se juntaram aos 44 E-Jets de primeira geração do qual ela foi a cliente lançadora em 2004.

Por conhecer o jato brasileiro como nenhum outro operador, a LOT parecia inclinada a seguir com o relacionamento com a Embraer.

A fabricante, inclusive, anunciou planos de investimentos na Polônia caso conquiste um novo pedido.

Airbus A220-300 (Steve)

Pedidos esperados para o A220 em Le Bourget

A Airbus, por sua vez, tem jogado pesado para atrair mais encomendas para o A220, uma aeronave considerada muito eficiente e capaz, mas que empacou em 900 pedidos há algum tempo.

O começo do Paris Air Show na segunda-feira deve ser o palco para vários acordos visando o jato de origem canadense, com empresas aéres como AirAsia e Royal Air Maroc entre os potenciais novos clientes.

E170 da LOT: companhia estreou o E-Jet (Adrian Pingstone)

Se confirmada, a escolha do A220 será uma opção mais ousada da direção da LOT já que a empresa não opera aviões da Airbus e terá de investir em treinamento de tripulantes e pessoal de terra, além de infraestrutura de suporte, entre outros.

Para a Embraer, será uma derrota doída já que ela parecia ter grandes chances na licitação da LOT.

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