Após quatro anos, Lockheed Martin volta a finalizar um caça F-16

Primeiro F-16 na configuração Block 70/72 e produzido em Greenville foi concluído recentemente; aeronave é destinada à Força Aérea do Bahrein

Nova safra: o primeiro F-16 Block 70/72 é destinado à força aérea do Bahrein (Lockheed Martin)

Depois de um hiato de quase quatro anos, a Lockheed Martin voltou a concluir a montagem de um caça F-16. A aeronave em questão, na configuração Block 70/72 mais recente e destinada à força aérea do Bahrein, foi produzida na nova fábrica da companhia em Greenville, no estado da Carolina do Sul. O primeiro voo do aparelho da nova safra está programado para o início de 2023.

A produção do F-16 foi interrompida em 2018 na sede da Lockheed Martin em Fort Worth, no Texas, abrindo espaço para a nova linha de montagem do caça F-35 Lightning II, que passou a ser o foco da instalação. Nesse meio tempo, a empresa americana montou uma planta adicional em Greenville para continuar a produção do F-16. A unidade foi inaugurada em 2021.

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De acordo com a fabricante, a nova linha de produção na Carolina do Sul está preparada para construir pelo menos mais 128 exemplares do F-16 Block 70/72 até o final desta década para cinco clientes. São eles as forças aéreas do Bahrein, Eslováquia, Bulgária, Taiwan e um comprador ainda não identificado. Outro país que negocia a aquisição do caça é a Jordânia, que planeja a compra de oito aeronaves.

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A versão Block 70/72 é provavelmente o último suspiro do F-16, cuja produção deve ser encerrada em definitivo em meados de 2030, ano em a Força Aérea dos EUA (USAF) pretende desativar seus aparelhos – os F-16 mais modernos da USAF são da variante Block 50, entregues até 2005.

(USAF)
O F-16 é um dos caças a jato mais produzidos da história, com mais de 4.550 unidades entregues (USAF)

Os F-16 dessa nova fase, no entanto, podem ser os mais longevos da série. Umas das melhorias incluídas no Block 70/72 são reforços estruturais que prolongam a vida útil das aeronave para 12.000 horas, 50% a mais que as versões anteriores do caça. Portanto, os jatos de combate produzidos nesta década podem permanecer em serviço até 2060 ou além.

Outras recursos na versão atualizada do F-16 são o radar AESA (de varredura eletrônica), novo conjunto de guerra eletrônica, computador de missão com maior capacidade de processamento, cockpit renovado com monitores maiores e coloridos, motor aprimorado, inclusão de tanques de combustível adicionais nas asas, capacidade para empregar armas mais avançadas, entre outros.

Projetado originalmente pela General Dynamics, o F-16 voou pela primeira vez há quase 50 anos, em 20 de janeiro de 1974, no que pode considerado uma “decolagem acidental”. Em 1993, o programa foi assumido pela então Lockheed Corporation, que posteriormente mudaria o nome para Lockheed Martin, após a fusão com a Martin Marietta Corporation, em 1995. Atualmente, o caça está em serviço em 25 países.

(Lockheed Martin)
Protótipo YF-16: o que era para ser um teste de aceleração, terminou em decolagem (Lockheed Martin)

 

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