Avanço do coronavírus pode levar a Lufthansa a aterrar seus Airbus A380

Queda na demanda de passageiros fez taxa de ocupação nos A380 da Lufthansa cair para 35%
Alguns dos aeroportos liberados para receber o A380 já tinham autorização para operações do 747-8 (Airbus)
A Lufthansa armazenou seus 14 jatos A380 nos primeiros meses da pandemia de Covid-19 (Airbus)
A Lufthansa opera atualmente 14 exemplares do Airbus A380 (Lufthansa)

A companhia aérea alemã Lufthansa informou que está considerando paralisar temporariamente toda a sua frota de “superjumbos” Airbus A380 para enfrentar a queda na demanda de transporte aéreo causada pelo avanço da epidemia de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus.

Na sexta-feira (6/3), a empresa anunciou que nas próximas semanas vai reduzir pela metade os voos de todas as divisões do grupo, que inclui a própria Lufthansa e companhias aéreas na Áustria, Bélgica e Suíça. Com essa medida, cerca de 380 aeronaves serão estacionadas.

“Estamos examinando se é possível colocar temporariamente fora de serviço toda a frota da Airbus A380 (14 aeronaves) em Frankfurt e Munique”, disse a empresa em comunicado.

Embora a Lufthansa ainda não confirme, a imprensa alemã comenta que a frota de A380 da companhia deve para nos próximos dias e permanecer aterrada até meados de maio ou junho (ou além).

Segundo o Aero.de, a taxa de ocupação de passageiros nos A380 da Lufthansa caiu para surpreendentes 35% (cerca de 178 passageiros por voo). Os superjumbos da companhia alemã são configurados para transportar 509 passageiros em quatro classes, incluindo oito assentos na primeira classe.

Enfrentando o mesmo problema de sua colega alemã, a australiana Qantas Airways também está considerando paralisar seus 12 exemplares do A380. À medida que o novo coronavírus avança pelo mundo, a empresa aérea da Oceania vem registrando baixas taxas de ocupação em voos com destino a Londres, Los Angeles e Cingapura, alguns dos principais trechos onde a companhia emprega seus quadrirreatores da Airbus.

Veja mais: Coronavírus pode causar perdas sem precedentes na aviação em 2020

 

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