Boeing 737 MAX registra mais um acidente, desta vez na África

Jato da companhia Ethiopian Airlines perdeu contato com a torre minutos após a decolagem, situação semelhante ao acidente com o 737 MAX da Lion Air, em outubro de 2018

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Pilotos da Etiopian Airlines teriam dormido a perdido aproximação de pouso em Adis Abeba (Boeing)
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A Ethiopian recebeu seus primeiros 737 MAX no final de 2018 (Boeing)

Um Boeing 737 MAX 8 da companhia aérea Ethiopian Airlines com 149 passageiros e oito tripulantes a bordo caiu na manhã deste domingo (10) em Addis Abeba, capital da Etiópia. A aeronave seguia para Nairóbi, no Quênia. Segundo informações da empresa africana, não há registro de sobreviventes.

De acordo com a companhia, o jato decolou do aeroporto de Adis Abeba às 8:38 e seis minutos depois perdeu contato com a torre de controle. O acidente foi comunicado pelo primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, que expressou “profundas condolências” em sua conta no Twitter.

Em comunicado da Ethiopian, a empresa confirmou que as operações de busca e socorro estão em andamento no local da queda, próximo a cidade de Bishoftu, a cerca de 60 km da capital. As causas do acidentes ainda estão sendo apuradas, informou a companhia.

O avião que caiu nesta manhã, o modelo com prefixo ET-AVJ, era novo. A aeronave foi entregue pela Boeing à companhia em 15 de novembro de 2018. Pelo Twitter, a Boeing relatou que está “monitorando a situação de perto” e já enviou especialistas para o local.

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Segundo acidente com um 737 MAX em cinco meses

O acidente com o avião da Ethiopian já é segundo em apenas cinco meses envolvendo um 737 MAX 8, aeronave lançada pela Boeing em 2016. No dia 23 de outubro de 2018, um jato da companhia Lion Air, da Indonésia, caiu no mar próximo de Jacarta com 189 pessoas a bordo. Ninguém sobreviveu.

O que chama atenção entre os dois acidentes é que as circunstâncias são muitos parecidas. Os dois aviões caíram poucos minutos após a decolarem.

A investigação sobre a queda do 737 MAX da Lion Air indicou que aeronave estava com problemas no sensores de ângulo de ataque, o que levou o computador de bordo a acreditar que estava numa situação de stol (perda de sustentação) e iniciou uma manobra automática de mergulho para retomar a velocidade e a sustentação do avião.

O 737 MAX 8 é operado no Brasil pela companhia Gol, principalmente em rotas internacionais. Existem cerca de 350 unidades do novo 737 em operação pelo mundo todo.

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A Gol voa com o 737 MAX 8 em rotas internacionais desde o novembro de 2018 (Gol)

Ethiopian Airlines

O acidente ocorrido neste domingo foi o pior já ocorrido com uma aeronave da Ethiopian Airlines. Em 1996, um Boeing 767-200 da empresa fez um pouso forçado no mar próximo a Comores, no Oceano Índico. O jato seguia para Nairóbi, no Quênia, mas alterou sua rota após ser sequestrado por três etíopes que buscavam asilo na Austrália. Dos 175 ocupantes a bordo, 125 morreram.

A Ethiopian Airlines é atualmente a maior companhia aérea da África, com mais de 100 aeronaves na frota e operando em 125 destinos por todo o mundo. Na América do Sul, a empresa voa para São Paulo e Buenos Aires, na Argentina.

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