“Boeing chinês” completa um ano em operação com novo jato entregue
China Eastern Airlines recebeu seu sexto jato C919 da COMAC e o primeiro de encomenda de 100 aeronaves. Produção do rival do Boeing 737 e do Airbus A320 deve ganhar impulso neste ano
O governo da China preparou um evento especial para celebrar o primeiro ano de operação comercial do C919, primeiro jato comercial avançado desenvolvido pela estatal COMAC.
A cerimônia em Xangai marcou a entrega do sexto C919 para a China Eastern Airlines (CEA), cliente lançadora do tipo, e que também foi o primeiro jato de uma enorme encomenda de 100 aeronaves anunciada em setembro passado.
O C919 de matrícula B-919G é a aeronave número 12 construída, já que a COMAC montou seis protótipos e outra meia dúzia entregue à China Eastern Airlines.
Com capacidade semelhante a um Airbus A320 ou Boeing 737, o C919 deverá ter centenas de aviões produzidos apenas para suprir a demanda das transportadoras do país.
A estreia comercial do C919 ocorreu em 28 de maio de 2023 em um voo entre Xangai e a capital Pequim. Desde então, cerca de 300.000 pássageiros voaram nas cinco aeronaves em serviço, que completaram 6 mil horas em voo.
Certificação de tipo na Europa em 2025?
A China Eastern tem voado com o jato de 164 lugares para Chengdu e Xi’an, além de Pequim, sempre a partir de Xangai, onde fica seu hub principal e também é próximo das instalações da fabricante.
Segundo o planejamento da companhia aérea, mais quatro C919 deverão ser recebidos em 2024 e dez aeronaves por ano entre 2025 e 2027, quando a cadência subirá para 15 jatos.
Além da China Eastern, as outras duas maiores transportadoras do país, a Air China e a China Southern, também anunciaram encomendas de 100 C919 recentemente.
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Para dar conta da demanda, a COMAC já trabalha para acelerar a linha de montagem e também expandir a área da planta no Aeroporto Internacional Shanghai Pudong.
O próximo passo é obter a certificação de tipo do C919 no exterior, a começar pela Europa, onde a agência EASA já avalia a aeronave há algum tempo.
Segundo Jie Yuwen, deputy director of the Civil Aviation Administration of China’s (CAAC), a meta é conseguir o aval europeu em 2025, o que é considerado algo um tanto otimista.
