Boeing começa 2024 mal, com apenas 27 jatos comerciais entregues em janeiro
Total é oito aviões menor do que em 2023. Fabricante registrou apenas um pedido bruto de três aeronaves, mas teve outros três cancelamentos

Acossada pelos problemas de qualidade na fabricação do 737 MAX, a Boeing teve um mês de janeiro com resultados ruins em entregas e encomendas.
Segundo dados da fabricante, apenas 27 aeronaves foram entregues aos seus clientes, 25 delas do modelo 737 MAX.
As encomendas se resumiram a um pedido de três desses jatos de um cliente não identificado, mas ocorreram três cancelamentos, ou seja, a empresa acabou “zerada” no mês.
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Além dos 737, a Boeing entregou apenas um widebody 787-9 Dreamliner para a arrendadora AerCap e um KC-46A, variante de reabastecimento aéreo do 767, parte de uma encomenda da Força Aérea dos EUA (USAF).
Os números de entregas não são apenas inferiores a 2023, quando a empresa entregou 35 jatos, mas piores até que 2022, um ano ainda sob influência da pandemia e do aterramento do 737 MAX.

Airbus não foi muito melhor
Há dois anos, a Boeing havia entregue 32 aviões, sendo 27 737 MAX. Segundo a empresa, houve três cancelamentos, de dois 737 e um 787 pela Air Europa.
As entregas ficaram ligeiramente abaixo da rival, a Airbus, que entregou 30 aeronaves em janeiro, mas em pedidos a fabricante europeia se saiu melhor, com 31 jatos vendidos.
O mau resultado ocorre em meio à restrições de produção que obrigaram a Boeing a limitar a razão de montagem do 737 para 38 aeronaves por mês em vez de 42, como planejava.
Em teleconferência de resultados de 2023, o CEO da empresa, Dave Calhoun, afirmou que a Boeing não pretende divulgar uma meta de entregas para este ano.