Boeing diz ter 90 caças F-15EX em processo de produção
Fabricante afirmou que está acelerando montagem das aeronaves de combate em sua unidade de St. Louis

Varsão atualizada e repotencializada do F-15, o caça F-15EX Eagle II está em produção acelerada pela Boeing.
A companhia afirmou ter atualmente 90 jatos supersônicos em diversos estágios de produção em suas instalações de St. Louis, no Missouri.
A Boeing pretende atingir uma cadência mensal de produção de dois F-15EX a partir do final de 2026. A Força Aérea dos EUA tem pedidos para 98 aeronaves, embora espere elevar esse total.
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Recentemente, a Guarda Aérea Nacional recebeu os primeiros Eagle II do segundo lote de produção, com 12 aeronaves previstas. O primeiro lote teve oito jatos concluídos.

“O desempenho da fábrica tem melhorado nos últimos meses, com retrabalho e taxas de trabalho percorrido diminuindo mês após mês, melhorando a produtividade do fluxo de trabalho e apoiando a estabilização da fábrica”, disse Tom Altamuro, diretor de fabricação e segurança do F-15 da Boeing ao BNN.
Segundo a empresa, foi inovadora uma estratégia conhecida como “Cut the CoRRS” (Reduzir o CoRRS), que se concentra em minimizar o retrabalho e maximizar a qualidade.
Caça de geração 4.5
Surgido no começo dos anos 70, o F-15 foi por muitos anos o caça de superioridade aérea da Força Aérea dos EUA até a chegada do F-22 Raptor, de 5ª geração.
Apesar disso, o Eagle seguiu assumindo papeis importantes, mas sua acelerada obsolescência e a necessidade de mais caças para preencher a lacuna de aeronaves aposentadas fizeram a USAF buscar uma solução mais rápida e acessível.

Considerado um caça de geração 4.5, o F-15EX tem uma vida útil estimada em 20 mil horas de voo, mais que o dobro do F-15E, que gira em torno de 8 mil horas.
A cabine recebeu um novo painel digital com tela de grande área (LAD), mais intuitivo e moderno. As mudanças também incluem o radar AESA AN/APG-82(V)1, mais potente e preciso que o modelo usado no F-15E e um pacote de contramedidas eletrônicas AN/ALQ-250 EPAWSS.
A Boeing também projetou a aviônica com arquitetura aberta, para facilitar a integração rápida de novos armamentos e sensores.

O Eagle II é também muito mais capaz e termos de armamewntos, com até 12 pontos duros para mísseis ar-ar, com possibilidade futura de integração do AIM-260 JATM, além de maior carga útil total.
Uma curiosidade do caça é que, embora seja biplace, ele pode realizar missões com apenas o piloto.