Boeing não vai fabricar “caça sem piloto” da Força Aérea dos EUA

Programa Collaborative Combat Aircraft seguirá com financiamento das iniciativas das empresas Anduril e a General Atomics, que farão projetos detalhados, fabricação e testes com itens produção
O XQ-67 CAA, da General Atomics
O XQ-67 CAA, da General Atomics

A Força Aérea dos EUA (USAF) anunciou os dois concorrentes do programa Collaborative Combat Aircraft (CCA ou Aeronave de Combate Colaborativa) que seguirão sendo financiadas, a Anduril e a General Atomics.

A Anduril Industries foi fundada em 2017 e teve como investidores a SpaceX, de Elon Musk. Sua aeronave não tripulada é chamada de Fury.

Mais conhecida pelos drones de reconhecimento e ataque como o MQ-9, a General Atomics realizou o voo inaugural do protótipo XQ-67A CCA em fevereiro, e que servirá de base para sua aeronave.

A decisão deixou de fora, entre vários concorrentes, a Boeing, que participava da disputa e tinha como trunfo vários projetos de aeronaves não tripuladas.

Apesar disso, a USAF afirmou que as empresas excluídas continuarão a participar de um conjunto mais amplo de fornecedores necesários para “futuros esforços”.

O Fury é um jato de combate não tripulado da Anduril
O Fury é um jato de combate não tripulado da Anduril

Mais de 1.000 aeronaves não tripuladas

“Há pouco mais de dois anos, anunciamos nossa intenção, como parte de nossos Imperativos Operacionais, de buscar aeronaves de combate colaborativas. Agora, após a promulgação do orçamento do ano fiscal de 2024, estamos exercendo a concessão de opções a duas empresas para construir artigos de teste representativos da produção”, disse o secretário da Força Aérea, Frank Kendall.

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O programa CCA faz parte da família de sistemas Next Generation Air Dominance (NGAD), que inclui uma caça de 6ª geração tripulado. Um protótipo inicial de aeronave já realizou um voo em local e data não revelados.

As Aeronaves de Combate Colaborativas, também chamadas de loyal wingman (ala leal), deverão ser comandadas por caças tripulados e assumirão as missões de maior risco.

Segundo a Força Aérea, a decisão sobre o vencedor do programa ocorrerá durante o ano fiscal de 2026. O plano é produzir ao menos 1.000 CCAs, parte deles oferecida a países parceiros dentro do programa de Vendas Militares ao Exterior (FMS).

Boeing MQ-25
Boeing MQ-25 (Boeing)

“Desapontado”

“Embora estejamos desapontados por não avançarmos nesta fase do programa Collaborative Combat Aircraft da Força Aérea dos EUA, não nos intimidamos em nosso compromisso de fornecer aeronaves de combate autônomas de próxima geração para clientes militares dos EUA e globais”, disse um Boeing em comunicado.

A empresa afirmou ainda que o trabalho continuará em outros programas de aeronaves autônomas como o MQ-25 Stingray e o MQ-28 Ghost Bat, “e uma série de programas proprietários que não podemos divulgar”.

 

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