Boeing prevê queda de 11% na venda de novos aviões até 2039

Estudo realizado pela Boeing estima que companhias aéreas do mundo todo vão encomendar mais de 18 mil aeronaves até 2039
Boeing 787 Dreamliner
Boeing 787 Dreamliner (Boeing)
Boeing 787 Dreamliner
A Boeing prevê demanda por 7.480 novos aviões de passageiros de grande porte até 2039 (Boeing)

A Boeing divulgou hoje sua previsão anual para o mercado aéreo comercial, refletindo o impacto da pandemia da COVID-19 e a visão da empresa sobre a dinâmica do setor aéreo de curto, médio e longo prazo.

“Embora este ano tenha sido sem precedentes em termos de ruptura em nossa indústria, acreditamos que a indústria aeroespacial e de defesa irão superar esses desafios no curto prazo, retornar à estabilidade e emergir com força”, disse o diretor de estratégia da Boeing, Marc Allen.

Segundo o estudo da Boeing, as companhias aéreas vão exigir na próxima década 18.350 novos aviões avaliados em cerca de US$ 2,9 trilhões. A nova estimativa sobre o volume de encomendas de aeronaves é 11% inferior a previsão divulgada pela companhia no ano passado.

“As companhias aéreas em todo o mundo começaram a se recuperar de uma queda de mais de 90% no tráfego de passageiros e na receita no início deste ano, mas uma recuperação completa levará anos”, diz o comunicado da Boeing.

No longo prazo, com a expectativa de que os principais impulsionadores da indústria permaneçam estáveis, a Boeing afirma que a frota comercial deverá retornar à sua tendência de crescimento, gerando demanda por mais de 43.000 novos aviões no período de 20 anos.

“A aviação comercial está enfrentando desafios históricos este ano, afetando significativamente a demanda de curto e médio prazo por aviões e serviços”, disse Darren Hulst, vice-presidente de Marketing Comercial. “No entanto, a história também provou repetidas vezes que as viagens aéreas são resilientes. A interrupção atual informará as estratégias da frota de companhias aéreas no futuro, à medida que as companhias aéreas se concentram na construção de frotas versáteis, redes e inovações de modelo de negócios que oferecem a maior capacidade e maior eficiência para o crescimento sustentável.”

O que vem depois da pandemia?

Passada a pandemia, a Boeing estima que nos próximos 20 anos o tráfego de passageiros deve crescer em média 4% ao ano. Seguindo esse ritmo, a fabricante diz que a frota comercial global deve chegar a 48.400 aeronaves até 2039, ante os 25.900 aviões de hoje. Durante este período, a Ásia deve responder por quase 40% da demanda.

Boeing 737 MAX 7
A Boeing estima uma demanda por 32.270 novos aviões de um corredor, como o 737 MAX (Steve Lynes)

Aviões de corredor único como o 737 MAX continuarão a ser o maior segmento de mercado, com operadoras encomendado 32.270 novos aviões nos próximos 20 anos. A Boeing afirma que a demanda nessa categoria terá uma recuperação mais rápida devido ao seu papel fundamental nas rotas de curta distância e nos mercados domésticos, bem como à preferência dos passageiros por serviço ponto a ponto.

No mercado widebody, a Boeing prevê demanda por 7.480 novos aviões de passageiros até 2039. A demanda por grandes jatos será afetada por uma recuperação mais lenta nos mercados de longa distância, bem como as incertezas do impacto do COVID-19 nas viagens internacionais, segundo a previsão da empresa norte-americana.

Por fim, a Boeing espera que a demanda por carga aérea, um raro ponto positivo em 2020, deve crescer 4% ao ano e gerar uma necessidade por 930 novos cargueiros de grande porte e 1.500 cargueiros convertidos até 2039.

Veja mais: Korean Air retoma voos regulares com o Airbus A380

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