Chegada do A350 da Azul marca tímida retomada da frota de widebodies no Brasil

Aeronaves de grande capacidade têm sido raridade nas companhias aéreas do país, que optam por jatos de um corredor até em voos transcontinentais
O A350-900 da Azul PR-AOY
O A350-900 da Azul (Azul)

Considerados os ‘aviões-chefe’ das principais companhias aéreas no mundo, os jatos widebodies andam em baixa por conta dos altos custos de operação. Ainda assim essas aeronaves, conhecidas pela configuração de assentos com dois corredores, permanecem como principal alternativa em voos de longa duração.

Já no Brasil o cenário é mais pessimista para os grandes jatos. Outrora lar de aeronaves clássicas como o Boeing 747, o MD-11, A300 e o DC-10, o mercado brasileiro tem preferido operar com jatos menores até mesmo em rotas transcontinentais.

Atualmente, apenas a LATAM e a Azul possuem widebodies em suas frotas, mas a divisão brasileira da companhia aérea (fruto da união entre a LAN Chile e a TAM) reduziu o número de grandes aviões nos últimos anos.

Boa parte dos Boeing 767 deixou de operar com passageiros para ser convertida para carga enquanto outras unidades foram vendidas. Mas foi a decisão de devolver os Airbus A350 que mais impactou na frota. Foram 13 aviões retirados de serviço entre março de 2020 e agosto de 2021, segundo o Planespotters.

O Boeing 787-9 CC-BGO ainda quando operava pela LATAM chilena (Bidgee)

A LATAM Brasil compensou essa perda com a introdução do Boeing 787-9, porém, apenas uma das aeronaves originárias da divisão chilena foi matriculada em nosso país, o PS-LAA. Outros jatos Dreamliners estão sendo usados em voos no Brasil, mas com matrículas chilenas. Restam ainda na frota seis Boeing 767 e 10 Boeing 777-300ER, além do único 787.

Quatro A350 a caminho

Nesta sexta-feira, 16, tivemos um alívio nesse sentido quando a Azul incorporou oficialmente seu primeiro A350-900. A aeronave de segunda mão é configurada com 334 assentos e é uma das quatro que serão operadas a partir do final do ano pela empresa.

Mas os Airbus substituirão os A330-200 mais velhos da frota, ou seja, a perspectiva de crescimento de widebodies no Brasil é baixa. Atualmente, a Azul tem sete A330ceo e cinco A330-900neo além de um sexto jato desse modelo prestes a ser entregue.

Ao menos a frota brasileira voltará a contar com mais jatos de nova geração após um grande esvaziamento por conta da partida dos A350 da LATAM.

Os widebodies já tiveram maior participação na frota de aviões comerciais brasileira (Varig)

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