Em resposta a Trump, companhias aéreas chinesas podem encomendar cerca de 300 jatos Airbus

Companhias aéreas chinesas estariam em conversas avançadas com a Airbus para fechar pedidos de até 300 aeronaves de fuselagem estreita e larga, de acordo com a Bloomberg.

Os potenciais acordos são esperados durante a visita de líderes europeus à China em julho, afirmaram pessoas familiares com o assunto ouvidas pelo site.

As empresas envolvidas não foram citadas pela reportagem, mas entende-se que são a tríade Air China, China Southern Airlines e China Eastern Airlines.

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Essas empresas aéreas estatais têm atualmente pouco mais de 200 aviões da Airbus pendentes de entrega, de 300 jatos associados com clientes chineses.

Todos eles são da família A320neo, com exceção de quatro A350 encomendados pela Sichuan Airlines. Não há, contudo, pedidos de A330neo e nem do A220 até hoje.

A China segurou muitos pedidos nos últimos anos, em meio a problemas de segurança e também com os efeitos da pandemia do Covid-19.

Nesse meio tempo, o país avançou com a produção de aeronaves comerciais fabricadas pela estatal COMAC, o C909 (ex-ARJ21) e o C919, da categoria do A320neo e do Boeing 737 MAX, porém, o ritmo de produção ainda é muito baixo e incapaz de dar conta da demanda.

Além disso, a COMAC está desenvolvendo o C929, um widebody similar ao 787 Dreamliner, porém, a entrada em serviço não deve ocorrer nesta década.

Guerra tarifária com os EUA

Entendem-se que os potenciais pedidos, além de preencher a lacuna dos últimos anos, também serão uma resposta ao governo Trump, que instituiu tarifas elevadas para produtos chineses.

Embora os dois países tenham estabelecido uma trégua temporária, os EUA têm suspendido o envio de motores para as aeronaves da COMAC, entre outras sanções.

Há tempos, a Boeing tem colhido más notícias vindas da China, onde não consegue novos acordos de venda.