Embraer conclui separação da divisão de aviação comercial

Conclusão da joint venture ainda depende de aprovação do Cade e da União Europeia
A Embraer exibiu o E190-E2 em Farnborough com uma pintura especial (Embraer)
A Embraer já teria concluído as negociações preliminares com o governo indiano (Embraer)
A Embraer exibiu o E190-E2 em Farnborough com uma pintura especial (Embraer)
Futuro produto da Boeing-Brasil Commercial, os jatos da série E2 em breve devem ser rebatizados (Embraer)

A Embraer completou ontem (1/1) o desmembramento de sua divisão de aviões comerciais, passo necessário para consumar acordo de joint venture com a Boeing. As duas companhias, que negociam desde 2017 a combinação de suas operações de aviação comercial, ainda aguardam o sinal verde de órgãos antitrustre, entre eles a Comissão Europeia e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), para concluir a negociação.

Em carta aos acionistas assinada por Antonio Carlos Garcia, vice-presidente executivo financeiro e de relações com investidores da Embraer, a fabricante brasileira informou que a separação interna dos negócios de aviação comercial foi concluída ao fazer aporte de ativos, passivos, bens, direitos e obrigações da unidade à empresa Yaborã Indústria Aeronáutica S.A., nome provisório da ex-Embraer Aviação Comercial e que no futuro será incorporada pela Boeing-Brasil Commercial.

Embora as negociações estejam avançadas, a Embraer informou que enquanto a parceria com a Boeing não for aprovada por órgão reguladores “não há garantias quanto à consumação da operação ou ao prazo para sua conclusão”.

O maior impasse até o momento para a conclusão da parceria entre as fabricantes é a desconfiança da Comissão Europeia, que em novembro pediu mais tempo e documentos adicionais para analisar o caso. O órgão europeu investiga os possíveis impactos que a fusão da Embraer com a Boeing podem causar no mercado de aeronaves de um corredor.

A expectativa das companhias é que a conclusão da Comissão Europeia sobre o negócio seja divulgada até março. Já o Cade deve apresentar seu parecer neste mês.

Segundo os termos do acordo, a Boeing vai pagar US$ 4,2 bilhões para assumir 80% dos negócios da Embraer na aviação comercial, o que inclui os programas E-Jet de primeira e segunda geração e serviços da empresa brasileira relacionados a aeronaves comerciais.

Veja mais: Airbus assume liderança do mercado com 863 aviões entregues em 2019

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  1. Não gostei de eliminarem o nome EMBRAER nessa fusão. O nome EMBRAER vale muito. Deveria ser. BOEING-EMBRAER. Pra diferenciar dos erros cometidos pela BOEING. Isso está parecendo lavagem de marca. Impeçao isso. Já!

  2. US4,2 bilhões para acabarem com a missão do ITA, do IAE, do IFI, do IEAv e com os sonhos do Brig Casimiro Montenegro e de Osíris Silva. Acabarem com milhares de empregos qualificados, acabarem com milhões de dólares de receita. Enfim, isso é o Brasil.

  3. Não é fusão é venda. Simples assim. E para piorar pagaram barato demais. Americano para comércio não tem igual.

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