Embraer parte em busca de clientes na região Ásia-Pacífico

Empresa projeta demanda de 1.570 novos jatos de 70 a 130 assentos nos próximos 20 anos

A Embraer já acumula mais de 600 pedidos por jatos da nova geração (Embraer)
E-Jets: companhias aéreas vão precisar de 8 mil jatos de até 150 assentos nos próximos 20 anos (Embraer)
O Embraer E-Jet é o avião comercial mais vendido do mundo no segmento de 70 a 130 assentos (Embraer)
O Embraer E-Jet é o avião comercial mais vendido do mundo no segmento de 70 a 130 assentos (Embraer)

A Embraer é uma das fabricantes presentes no Singapore Airshow, em Singapura, uma das maiores feiras de aviação da Ásia, e busca novos clientes onde pode haver muitos interessados. A empresa calcula que a região da Ásia-Pacífico vai precisar de 1.570 novos jatos de 70 a 130 assentos nos próximos anos. E esse tipo de aeronave é justamente a especialidade da fabricante brasileira.

Segundo a Embraer, 25% do mercado mundial para esse tipo de aeronave será concentrada da região da Ásia-Pacífico nas próximas duas décadas. A empresa ainda projeta que a demanda pode movimentar US$ 75 bilhões no período (considerando apenas o valor de aeronaves Embraer).

De acordo com as perspectivas globais de mercado para o segmento de 70 a 130 assentos divulgadas pela Embraer, nas próximas duas décadas, todo o mercado vai demandar 6.350 novos jatos da categoria, volume avaliado em US$ 300 bilhões.

A substituição de frotas mais antigas é outra oportunidade na região, onde existem mais de 250 jatos na categoria de 50 a 150 assentos com mais de 10 anos de idade, segundo pesquisa da Embraer, que se tornarão alvos para troca no futuro próximo.

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“Estamos mostrando às companhias aéreas o benefício de afastar-se de um mercado lotado e buscar oportunidades em mercados que estão atualmente carentes, ou sem serviço algum, onde os rendimentos são também mais fortes, passando de um a dois dígitos”, disse Paulo Cesar Silva, Presidente da Embraer Aviação Comercial.

Em outras palavras, os jatos da Embraer são apresentados como uma alternativa mais barata de operar comparado a jatos maiores, como a dupla Boeing 737 e Airbus A320, ou mais rápida e confortável que um avião turbo-hélice, como o ATR 72.

Os modelos E-Jet 2, de nova geração, serão os próximos produtos da fabricante brasileira (Embraer)
Os modelos E-Jet 2, de nova geração, serão os próximos produtos da fabricante brasileira (Embraer)

A Embraer ainda afirma que mais de 250 mercados da região são atendidos com menos de um voo por dia realizados por jatos “narrow-bodies” tradicionais, como o 737, ou turbo-hélices. Nesses casos, a empresa afirma que seria mais adequado, em termos de custos e ocupação, utilizar aviões a jato de 70 a 130 assentos.

A fabricante brasileira participa desse mercado com os jatos da série E-Jet, que em breve vão avançar para a segunda geração, que prevê a incorporação de motores mais eficientes e comandos “full fly-by-wire”. É um segmento ainda pouco explorado, por isso ainda existem poucas opções. O principal concorrente da Embraer nesse ramo é a canadense Bombardier, que oferece a linha de jatos CSeries.

A divisão de aviões comerciais da Embraer está presente em 11 países da Ásia-Pacífico, com mais de 20 clientes e mais de 200 aeronaves voando na região. Já a família E-Jet registrou mais de 1.700 pedidos e 1.200 entregas, e está em serviço com cerca de 70 empresas aéreas de 50 países. No segmento de 70 a 130 lugares, a Embraer tem uma participação global de mercado de 51% das encomendas e 62% das entregas desde 2004.

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